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quarta-feira 25 dezembro 2024
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Coluna Espírita – Evangelho e mediunidade

• Wagner Ideali – Atibaia/SP
Dai de graça o que de graça recebestes. Jesus
A mediunidade sempre existiu. Passou durante muito tempo entendida como um dom especial para algumas pessoas, senão muitas vezes sendo visto como uma maldição.
Antes do advento do Cristo, a sociedade fazia uso da mediunidade muitas vezes para obter proveitos, seja para uso político e tantas outras situações. Mesmo na atualidade, ainda vemos essa situação.
No passado, percebemos que as pessoas não relacionavam a mediunidade com os valores morais, mesmo nos dias de hoje, a missão ficou para o Espiritismo mostrar essa necessidade de mediunidade e moralidade andarem de mãos juntas.
Muitos enxergam na mediunidade uma forma de ascensão social, obter prestígio entre outras coisas, o que é contrário ao que Jesus nos pede, quando diz: “Dai de graça o que de graça recebestes”.
Com os ensinos de Jesus tudo mudou, pois ele nos ensinou que todo o nosso trabalho espiritual precisa estar baseado nas Leis Morais, para que não possamos cair num processo de obsessão.
Na doutrina espírita nos é ensinado que podemos ter duas formas para essa atividade de contato com os Espíritos: com ou sem Jesus. Com Jesus podemos chamar de Mediunidade e, sem Jesus, de mediunismo, conforme nos ensina Emmanuel.
Uma pergunta constante no ambiente espírita é: Como se desenvolve a mediunidade? Kardec e todos os grandes vultos do Espiritismo sempre nos ensinaram que com o desenvolvimento de nossas potencialidades morais teremos uma mediunidade equilibrada, pois, fora disso, vamos ter apenas o mediunismo.
O animismo, bem como o charlatanismo, vão estar sempre rondando o medianeiro que não se protege dentro de uma mudança moral constante, a vigilância e a da caridade.
A maior ferramenta sem dúvida para a mediunidade é a humildade, prática da caridade, seguida do estudo dessas manifestações, conhecer a nós mesmos para entender as nossas potencialidades.
Evangelho aplicado em nossas vidas é a chave para uma mediunidade segura, livre do mais sério problema que pode provocar no médium desatento, que é o desequilíbrio espiritual a que chamamos de obsessão.
A história está repleta de exemplo de mediunidade desequilibrada, que leva o ser a uma queda profunda, como, também, vamos ver exemplos de trabalhadores incansáveis do Evangelho. Lembrando que a mediunidade não figura somente no trabalhador espírita, pois, padres, pastores, entre outros que trabalham em prol do Evangelho, têm uma mediunidade construtiva, mesmo não tendo muitas vezes consciência que a têm.
Mediunidade e Evangelho andam de mãos dadas; todas as mediunidades, se não estiverem resguardadas com o processo de evangelização, estão fadadas a sérios problemas psicológicos, bem como espirituais e até mesmo fisiológicos.
A intuição, como mediunidade do futuro, não é possível se manifestar de forma equilibrada, se o portador dessa experiência extrassensorial estiver dominado pelos comportamentos inadequados, sem amparo moral cristão, dentro desse nosso pequeno universo.
Nunca esquecer da oração, do pensamento equilibrado e da ação construtiva.
Devemos então procurar o equilíbrio, pensamentos elevados, amor, perdão, muito estudo, caridade com o próximo e, claro, muita vontade de vencer.