• Altamirando Carneiro – São Paulo/SP
A porta do outro mundo nos foi aberta pelos fenômenos das mesas girantes
“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.” – Lucas, 23:46.
Esta passagem nos leva a meditar sobre a morte. Afinal, que fenômeno é este que, independentemente da nossa vontade, aparentemente nos tira os entes queridos, sem que nada possamos fazer?
Abençoada é a Doutrina Espírita. Os que a estudam sabem que a porta do “outo mundo” nos foi aberta pelo fenômeno das mesas girantes. A partir dele, Allan Kardec pôde codificar O Livro dos Espíritos e assim, fazer luz em nossas mentes. Por que através das mesas girantes? Porque provavelmente não teríamos dado crédito se as informações nos tivessem chegado diretamente pela mente humana.
Manifestaram-se, naquela ocasião, dezenas de Espíritos luminares, mostrando que não há lugar para a morte na Obra Divina. Nem o corpo físico morre na forma que entendemos; não há morte para o átomo, mesmo quando se transforma em energia. Transformação não é morte. Os átomos que compuseram um corpo voltam à Natureza, quando a força vivificante do Espírito deixa de existir, e voltarão a constituir novos corpos, quando a Sabedoria Divina assim o permitir.
Jesus, o Divino Amigo, está hoje tão vivo como quando aqui esteve, na carne, e muito mais ao nosso lado do que possamos imaginar. Se O quisermos encontrar basta O procurarmos na criança faminta e abandonada, no que tem a fome do corpo e no que tem a fome da alma ou que se desespera perante o amigo que parte, por ainda desconhecer que a morte não existe. O campo é infinito e Ele está em todo lugar.
Somos eternos e nos está reservada a felicidade que deveremos alcançar quando tivermos amado muito. A dor perante a morte é compreensível e devemos respeitá-la, porém, devemos entender que a nossa dor passa a ser a dor dos que partem e sofrem por nos verem sofrer.
Cerram-se os olhos da carne e abre-se um mundo novo e extraordinário para o Espírito. Percebendo com nitidez o convite do Mestre para ser útil em sua seara, não mede esforços e dedica-se à causa do Bem. De tanto haver colaborado, adquire a bênção da nova reencarnação, onde vem provar a si mesmo o progresso espiritual que conseguiu, por haver de forma abnegada ajudado aos que o Pai permitiu.
Tudo serve à vida e à evolução espiritual. Rumamos para a luz, na condição de imortais. Vencida um dia a lei da reencarnação, estaremos eternamente juntos, unidos pela força do amor, sob a orientação Daquele que na cruz nos deu o maior exemplo da eternidade da Vida. Com Ele poderemos então dizer: Eu também venci o mundo.