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sexta-feira 15 novembro 2024
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Coluna Espírita – Espiritismo e mediunidade

• Espírito Camilo – Psicografia de Raul Teixeira – Niterói/Rio de Janeiro
Pode-se considerar a faculdade mediúnica como um privilégio somente conhecido dos espiritistas?
Não, de forma alguma. Essa faculdade pertence a toda a humanidade. O Codificador já teve ocasião de exprimir-se em O Livro dos Médiuns, dizendo que essa faculdade é inerente ao ser humano e que, assim, não constitui privilégio exclusivo (O Livro dos Médiuns, cap. 14 item 159) nem de pessoas, de grupos religiosos, ou filosóficos, nem de povos ou países.
Nada obstante, é no corpo da Doutrina Espírita que encontramos as informações mais claras e amadurecidas a respeito da mediunidade, o que oportuniza ao indivíduo que queira acercar-se dos seus estudos ou práticas, um conhecimento sem mitologias, sem crendices piegas, sem ritualística.
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Podem existir médiuns não espíritas? Sendo esses médiuns trabalhadores sérios, por que seus guias não lhes recomendam o estudo do Espiritismo?
Indubitavelmente. Como a faculdade mediúnica é inerente à criatura humana, não há qualquer impossibilidade de encontrar-se médiuns fora dos arraiais espíritas e mesmo em setores materialistas ou ateístas.
Bastará lancemos um atencioso olhar para a História como um todo e para a História das Religiões, em particular, para que nos defrontemos com pessoas dotadas de mediunidade, denominadas de maneiras variadas: magos, bruxos, pítias, feiticeiros, profetas, santos e tantos outros.
Nos campos de atividades em que se encontram, contam sempre com as sugestões felizes dos seus guias espirituais que, por serem lúcidos, sabem que deverão orientá-los segundo a sua maturidade, suas buscas e crenças atuais, sob pena de provocar sérios desastres psicológicos em seus tutelados, caso lhes queiram apresentar algo que não consigam suportar.
Para verificar-se como é complexa a situação, vemos incontáveis lidadores da mediunidade nos campos espíritas, para os quais os Mentores do bem estão sempre propondo o estudo do Espiritismo como porta de libertação e crescimento (O Livro dos Médiuns, cap. 29, itens 328 e 329), mas esses lidadores não dão a menor importância, prosseguindo apegados à ignorância e ao aventureirismo, cristalizados em posições personalistas, levando muita gente para o mesmo despenhadeiro… a despeito das chamadas do Mais Alto.
Então, não há por que se pretender que os médiuns não espíritas tenham que estudar o Espiritismo, pelo menos por enquanto, quando os espíritas acham tanta dificuldade em fazê-lo.
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Como ajudar pessoas que professam outras religiões quando elas apresentam mediunidade?
Primeiramente, manda o bom senso que verifiquemos o interesse dessas pessoas em obter nossa ajuda; depois, se tal interesse de ajudar vem do sentimento nitidamente fraternal ou se não parte do nosso lado exibicionista e metediço.
Constatadas essas disposições nossas e estando claro que seremos úteis, em razão da necessidade e do interesse destas pessoas em nossa cooperação, faremos com que se deem conta de que se acham numa área de fenômenos mediúnicos. Mostraremos, de maneira coerente, racional, sem descabido emocionalismo, que não se trata senão de registros psíquicos da realidade espiritual que a todos nos cerca.
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Deve-se fazer elogios ao médium?
“As faculdades de que gozam os médiuns lhes granjeiam os elogios dos homens. As felicitações, as adulações, eis, para eles, o escolho.” (LM cap. 31 item 12). Temos, aí, a possibilidade de entender que é totalmente desnecessário e mesmo desastroso o elogio a qualquer médium. Sendo ele uma pessoa comum, comprometida com sua própria libertação espiritual por meio do trabalho fecundo e feliz da mediunidade, em prol de si, dos seus semelhantes, da vida, enfim, dispensará sempre o visco do elogio e da bajulação.