• Yé Gonçalves – Governador Valadares/MG
Quando deparamos com uma pessoa que se encontra no “fundo do poço”, oferecemos-lhe a nossa ajuda e seguimos adiante…, neste caso estamos expondo apenas a nossa simpatia em relação a ela.
Entretanto, quando tomamos a atitude de, além de lhe oferecer ajuda, descermos até onde ela esteja, levando-lhe a nossa companhia fraterna, oferecendo-lhe e entregando-lhe o “ombro amigo”, colocando-nos no lugar dela, envolvendo o nosso coração no estado de miséria em que ela se encontre, apresentando-lhe propostas de soluções…, aí, sim, neste caso estaremos praticando a empatia.
Ser empático é colocar-se no lugar do outro, principalmente nos momentos mais difíceis pelos quais o outro está passando.
É chorar com o outro a fim de ajudá-lo a aliviar as dores, colocando-se na condição de sustentáculo e de apoio para que o outro encontre forças necessárias para entender e compreender os benefícios dos momentos de aflição para o fortalecimento do entendimento e da compreensão do sentido da vida e da busca da felicidade.
Podemos utilizar desse recurso denominado “empatia” nas diversas situações da vida, assim vejamos:
1) Perante um colega de trabalho, recém-chegado na empresa, quando nos colocamos à sua disposição e reapassamos a ele os nossos conhecimentos e experiências adquiridas num determinado setor ou função, sem medo de que um dia ele possa se sobressair a ponto de se tornar o nosso chefe no futuro.
2) Quando estamos numa concorrência, a exemplo da conquista de um emprego ou de uma promoção profissional, ou de uma prova de vestibular, torcemos pelo sucesso de todos os concorrentes, indistintamente, e que vençam o certame aqueles que realmente alcançarem o respectivo merecimento.
3) Quando na chefia de equipe, ou de equipes, possamos demonstrar a nossa liderança, com ênfase nas soluções de conflitos, resolvendo caso a caso de forma pacífica, nos parâmetros do bom senso.
Dos exemplos acima, fica bem claro que a empatia é caminho para a felicidade.
Como já sabemos, é da lei da Natureza que “é dando que se recebe” e que recebemos justamente aquilo que damos…, logo, quem dá compreensão recebe compreensão; quem promove as pessoas, recebe promoção espiritual e promoção no trabalho e na vida como um todo, tornando-se uma pessoa cada vez melhor para a vida e para si mesmo e para os outros que estão à sua volta ou a distância.
Aquele que se envolve na busca da promoção do bem da comunidade, com toda a certeza terá a comunidade defendendo-o onde e quando for necessário.
Aliás, a prática da empatia é oportunidade divina para desenvolvermos o desprendimento, a misericórdia, a satisfação de estarmos sendo úteis a alguém, a alegria de viver e de conviver, promovendo-nos ao estado de felicidade possível na Terra, conforme previsto na questão 920 e seguintes de O Livro dos Espíritos.
Trata-se da felicidade moral, da consciência tranquila, que traz longevidade no sentido de qualidade de vida.