• Marcus De Mario – Instituto Brasileiro de Educação Moral-IBEM/RJ
Continuar a viver depois do término do casamento, eis o drama que muitas pessoas vivem, e que nem sempre conseguem resolver satisfatoriamente, muitas vezes entrando pela depressão, doença silenciosa e perigosa que leva ao desgosto pela vida, começando a abrir a perigosa e enganosa porta do suicídio. Mas é preciso lembrar que a vida continua depois de uma separação conjugal, não é o fim do mundo.
É comum verificarmos que o ex-casal, ambos ou um deles, se faz perguntas do tipo: onde eu errei? como não percebi o que estava acontecendo? e a esperança de reconciliação que ainda tinha? será que isso aconteceu porque entrou outra pessoa na relação? Essas e outras tantas perguntas procuram respostas satisfatórias, porém nem sempre encontrar essas respostas é possível num primeiro momento, pois estamos emocionalmente fragilizados, e precisamos dar tempo ao tempo para que tudo se acalme e se ajeite.
Esse tempo necessário é o que algumas pessoas não conseguem ou não querem dar a si mesmas, mantendo muitas vezes a falsa esperança que o o(a) outro(a) vai voltar, vai entender seu erro, ou que seu amor por ela será um dia reconhecido. Nem sempre isso vai acontecer, e, nesse caso, aceitar o fim da união é o melhor remédio.
Estamos num planeta de provas e expiações, e todos somos espíritos imperfeitos, daí porque relacionar-se com outra pessoa nem sempre é fácil, e, por isso, entendemos que a chamada “alma gêmea” de nossa alma pode não ser a pessoa que escolhemos para nos unir através do casamento. Podemos sim ter nos equivocado, a relação acabou se desgastando com o tempo e a separação se tornou o melhor, e às vezes, único caminho.
Seja como for, a separação conjugal abre as portas para lições valiosas sobre o amor e a relação a dois, permitindo que ambos se refaçam e continuem suas jornadas existenciais. O Espiritismo não é contra o divórcio, a separação, mas alerta sobre os perigos da falta de renúncia ao próximo, do não abrir mão do personalismo no casamento. Se, apesar de todos os esforços em contrário, a separação for a única solução, lembre-se que entrar em depressão nada resolve, pelo contrário, tudo complica.