• Marcus De Mario – Instituto Brasileiro de Educação Moral-IBEM/RJ
Quando você confia em alguém, um amigo ou um familiar, presta favores a ele e recebe de volta a ingratidão, fica com o coração ferido, pois não esperava essa atitude do outro, mas isso não significa que você deva parar de fazer o bem, de ajudar o próximo e, muito menos, ficar menos sensível e fechar o coração aos apelos do amor.
A ingratidão tem sua origem no egoísmo, portanto, a pessoa que não reconhece o bem que você lhe prestou e, mais ainda, espalha mentiras, inverdades a seu respeito está demonstrando que nunca foi sua verdadeira amiga, que nunca foi um familiar realmente confiável. Para essas pessoas, devemos endereçar nossas preces, lamentando seu proceder desumano, sabendo que mais cedo ou mais tarde ela vai experimentar do próprio veneno ao encontrar pela frente pessoas igualmente egoístas, insensíveis e ingratas, até que se arrependa dos seus feitos e queira se regenerar.
Fechar o coração aos que sofrem e precisam de ajuda por causa do medo da ingratidão é a escolha do egoísta, infeliz escolha, pois viverá uma felicidade fictícia e terá de dar contas dessa sua decisão perante a lei divina que é toda amor e nos concita a aprendermos a nos amar.
Fazer o bem a alguém deve ser feito sem esperar nenhuma espécie de recompensa ou reconhecimento, conforme Jesus ensinou: não saiba a mão direita o que faz a esquerda. Quem pratica o bem, a caridade, esperando a gratidão de quem é auxiliado, está equivocado, pois Deus, que tudo sabe, conhece suas verdadeiras intenções, então o mérito do bem fica diminuído.
Estamos vivendo uma época de muita insensibilidade e indiferença para com o próximo, verificando que o egoísmo tem predominado, e precisamos nos humanizar e espiritualizar, pois ninguém, em nenhum tempo, é isento de precisar de ajuda.
Seja grato a Deus pelas oportunidades existenciais de aprendizado e serviço, elegendo o bem, o amor e a caridade como roteiros de vida, compreendendo, perdoando e seguindo em frente, pois somente assim você poderá alcançar, com o tempo, a verdadeira felicidade, que passa invariavelmente pela felicidade do outro.