• Marcus De Mario – Instituto Brasileiro de Educação Moral-IBEM/RJ
Ao estudarmos as lições do Evangelho na interpretação dos benfeitores espirituais, compreendemos que a vingança é sinal característico de inferioridade moral e barbárie. Ela é própria de quem não ama a si mesmo, nem a seu próximo e, muito menos a Deus. É um ato selvagem, extremamente agressivo, que exalta o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a cupidez e a hipocrisia. A vingança nada traz de bom, avilta o caráter de quem a comete e gera muita infelicidade, tanto individual quanto coletiva.
Apesar de tudo isso, tem muitas pessoas que defendem a vingança como um ato de justiça face ao mal que outra pessoa lhe tenha causado. Mas isso não é verdade. A justiça não pode ser feita pelas próprias mãos em derramamento de sangue, ou por outros meios, como a fofoca bem urdida, a mentira proposital que alfineta ou a calúnia que provoca aflições. Essas ações ferem frontalmente a lei divina e nos colocam no mesmo nível de embrutecimento, ou até pior, daquele que nos tenha ofendido ou causado algum mal.
Argumentam os partidários da vingança que a lei divina ou é muito morosa, ou é falha, o que não corresponde à verdade, pois Deus nunca deixa impune aquele que transgride a lei, mas sempre deixa a porta aberta do arrependimento e da reparação. Deus é farto de misericórdia, pois Ele é o próprio amor universal, e o amor nos ensina a perdoar as ofensas, a dar uma segunda chance, até porque todos queremos ter sempre uma nova oportunidade, e os direitos são iguais para todos os homens.
A vingança tem ainda outra consequência muito ruim: aquele que a sofre poderá, após a desencarnação, tornar-se obsessor daquele que foi seu algoz na vida terrena, ou seja, os papéis podem se inverter. Então, por tudo isso, substitua esse sentimento negativo pelo perdão das ofensas, pelo amor ao próximo, inclusive ao inimigo, deixando que Deus cuide de seus filhos com verdadeira justiça. Sua vida ficará mais leve, sua consciência trabalhará em paz, e o futuro lhe reservará os bons frutos da semeadura do bem e do amor. Pense nisso, e viva melhor!
Coluna Espírita – Em defesa da Vida – (In) Justiça pelas próprias mãos
jan 20, 2024RedaçãoColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Coluna Espírita – Em defesa da Vida – (In) Justiça pelas próprias mãosLike
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