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domingo 22 dezembro 2024
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Coluna Espírita – Em defesa da vida: Importância do silêncio e da oração

• Marcus De Mario – Instituto Brasileiro de Educação Moral-IBEM/RJ
No tumulto das ocorrências diárias, diante de circunstâncias que acontecem de forma rápida e inusitada, muitas vezes o exercício do silêncio é a melhor “palavra” que podemos oferecer, ofertando aos outros a luz íntima da prece, pois o silêncio não pode significar indiferença.
Imaginemos um familiar querido embriagado, sob o efeito de bebida alcoólica, ou mesmo muito nervoso, irritado e descontrolado. Dirigir-lhe a palavra nessas circunstâncias é quase impossível, e dificilmente ele absorverá o que lhe queremos dizer, então o silêncio e a prece são os melhores remédios, enquanto aguardamos passar os efeitos da bebida ou da irritação.
Outras vezes é o companheiro ou companheira sob forte influência espiritual inferior, sem domínio de si mesmo; ou levado a atitudes e palavras sob efeito do egoísmo e do orgulho, gerando teimosia. Como tentar o diálogo nessas circunstâncias? Novamente o melhor recurso é calar qualquer expressão verbal, mantendo o silêncio e endereçando a prece a ele ou ela, e, no caso da obsessão espiritual, ao espírito algoz. Assim os bons espíritos poderão agir a benefício de uns e de outros.
Sempre que for difícil dirigir a palavra construtiva, benéfica, ou mesmo se faça impossível, evitemos discussões e gritos. Respeitemos o caminho escolhido pelo outro e enderecemos-lhe nossa prece, de coração, para que ele possa receber salutares fluidos de paz, até que, acalmando-se e refletindo sobre si mesmo e suas atitudes, possa ouvir então nosso bom conselho, nossa orientação amiga.
Enquanto isso, além do silêncio e da oração, faça a sua parte socorrendo, em gestos simples de amparo, paciência, calma, tolerância, dando tempo ao tempo para a volta da palavra, que deve ser sempre construtiva, levando o outro a pensar, a meditar, e a tomar atitudes com base no amor e na bondade.
Enquanto estamos a caminho com o outro, sempre é tempo de construir uma boa relação e cumprir nossa parte na obra da criação divina, e nessa construção, muitas vezes os tijolos do silêncio e da oração são muito mais fortes do que qualquer palavra.