• Wellington Balbo – Salvador/BA
Em conversa com um amigo, já experiente no que se trata à educação espírita infantil, abordei a seguinte questão: Os dirigentes espíritas poderiam igualar os valores da reunião mediúnica e da educação espírita infantil. Ou seja, dar para a educação espírita infantil o mesmo valor que atribuem para a mediúnica. Quando viajo em palestras, questiono: E aí, como está a educação espírita infantil? Ah, não temos voluntários, falta crianças, estrutura precária… E indago também: Como vão as mediúnicas? Ah, uma beleza, temos 10, 20 grupos aqui na casa… Bem, meus amigos, não se trata de deixar de lado as mediúnicas, mas apenas dar à educação da criança o mesmo valor que se dá para a conversa com os Espíritos.
O Espiritismo ensina que o período da infância é o mais propício para que sejam transmitidas e assimiladas lições morais. Diante desta afirmação fica muito simples concluir a importância que se deve dar para os trabalhos de educação espírita infantil, sendo eles – os trabalhos com a criança no centro espírita – um dos que devem receber a mais acurada atenção por parte dos dirigentes.
Todavia, claro que se esbarra em diversas dificuldades, tais como, falta de voluntários, estrutura inadequada e outros tantos. Como superá-los? Com perseverança, sem desistir na primeira porta fechada. O fundamental é, também, dialogar com companheiros de outras casas espíritas e saber os desafios que estes enfrentam no tocante ao tema e como fizeram para superá-los.
Esse intercâmbio é salutar para que possamos iniciar ou melhorar o nosso trabalho na educação espírita infantil. Outro ponto a ser abordado é o da capacitação dos colaboradores que irão trabalhar com as crianças. Não podemos deixá-los sem norte, sem condições de desenvolver um bom trabalho. Quero dizer com isto que de nada adianta encontrarmos um local no centro espírita e deixarmos lá as crianças apenas para que não atrapalhem a palestra da noite. É necessário oferecer ferramentas para que os colaboradores desenvolvam sua missão de forma adequada. Ou seja, necessitamos de realizar verdadeiramente a tarefa da educação espírita infantil, com gente capacitada e disposta a fazer acontecer.
Alguns indagarão: Mas é muito complicado lidar com voluntários, como fazer para que persistam nas atividades?
Aí entra nossa capacidade de agregar pessoas. Conheço um amigo que costuma organizar uma vez ao mês confraternização em sua casa para toda a equipe da educação espírita infantil da instituição onde milita. Isso ajuda a criar laços de amizade entre os componentes da equipe, além de ser ótima oportunidade para a troca de experiências, o que propicia um rendimento muito melhor de todo o grupo.
Claro, todos nós rendemos mais em locais que nos sentimos à vontade. Isso, como coordenadores podemos fazer.
Não podemos é ficar enclausurados dentro de nossa própria casa espírita sem dialogar com outros colegas. Se nos abrirmos às ideias e sugestões, à troca de experiências de outras equipes que laboram no mesmo segmento que o nosso, certamente iremos encontrar meios para que a educação espírita infantil seja, de fato, uma parte importante do centro espírita onde realizamos nossos trabalhos.
Como sugestão sobre o tema deixo a belíssima obra: Comece pelo comecinho, da escritora e educadora Martha Rios Guimarães, a nossa Marthinha. A obra foi publicada pelo Centro Espírita O Clarim. Vale a pena conferir.
Pensemos nisso.
Coluna Espírita – Educação espírita infantil
abr 17, 2024RedaçãoColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Coluna Espírita – Educação espírita infantilLike
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