• Francisco Rebouças – Niterói/RJ
Excelente ensinamento nos transmitiu o Mestre de Nazaré quando, diante do endemoninhado a quem Ele fizera recuperar o equilíbrio, ao toque de seu divino amor, o orienta a voltar para a companhia dos seus e anunciar a todos os benefícios de que fora alvo.
O indivíduo, logo após adquirir a cura de seu estado de atormentado espiritual, solicitava a Jesus que pudesse continuar ao seu lado a desfrutar de sua doce companhia, Jesus, porém, o alerta para que vá cumprir com seus compromissos perante a vida ao lado daqueles que lhe comungavam a bênção do convívio familiar.
Muitos de nós nos dias conturbados da atualidade, em vista do assédio da legião de gênios perversos, temos o mesmo desejo de nos abrigarmos na companhia do Mestre de Nazaré e de seus prepostos, e fugir das dificuldades impostas a todos quantos carreiam conosco as estradas perigosas do mundo no estágio evolutivo do nosso.
Necessário não esquecer que o Mestre de Nazaré não prometeu facilidades aos seus seguidores, e ELE mesmo segue trabalhando incessantemente em benefício de toda a humanidade, conclamando seus discípulos a manterem a vigilância constante, a mente ocupada à procura da verdade e o coração tocado de amor e luz, disposto a vencer as barreiras no caminho do progresso moral espiritual.
O objetivo primordial de todo aprendiz do Cristo não deve ser o de conquistar facilidades nas esferas celestes, mas, sim, de atender aos serviços ativos a que foi convocado, em qualquer lugar, situação, idade e tempo.
Como espíritas que nos dizemos ser, precisamos fazer bom uso de toda luz que já recebemos das lições contidas no Evangelho do Cristo, e buscarmos ser verdadeiramente bons cristãos servindo ao Mestre, primeiramente junto aos familiares de nossa atual caminhada evolutiva.
Quando não dispomos de uma família direta, temos a indireta, vizinhos, companheiros de diversas outras atividades que participamos na sociedade em que nos movimentamos, onde sempre temos a oportunidade de anunciar os benefícios recebidos do nosso Modelo e Guia, em prol da nossa própria cura, pois, se já logramos a renovação de nossos ideais de crescimento e progresso, estamos, por essa mesma razão, convocados a cooperar na renovação espiritual de quantos nos compartilham o relacionamento em busca do equilíbrio e do bem-estar de toda a humanidade.