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segunda-feira 25 novembro 2024
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Coluna Espírita – Doença: grito de alerta do corpo

• Rogério Miguez – São José dos Campos/SP
Um dos mais eloquentes avisos para a humanidade do grau de desequilíbrio moral e ético apresentado pelos homens é a disseminação indiscriminada de doenças de todos os matizes, sejam mentais ou propriamente físicas.
Os relatos nas corriqueiras conversas entre as pessoas são incontáveis, basta puxar o fio informando sobre uma doença pessoal, e cada qual tem um rosário de casos ocorridos consigo mesmo, com conhecidos ou parentes sobre enfrentamentos e desfechos variados provocados por doenças mil.
As descrições sobre as dificuldades em se ver livre destes necessários incômodos – as doenças -, na busca pela saúde a qualquer preço, são de inimagináveis dimensões, pois cada um responde de modo bem diferente quando os males físicos são descobertos por um exame simples em consultório médico, ou pela observação do funcionamento do próprio corpo.
Alguns se apavoram, de imediato, pois ainda não se encontram preparados para enfrentar os variados reveses da vida; outros se riem das patologias apontadas pelos profissionais da área, sem perceberem o alcance do problema que terão de, a partir deste momento, enfrentarem; a indiferença é a atitude de muitos, pois acreditam que jamais serão alcançados por graves males, ainda mais quando o médico indica, como medida de saneamento do corpo físico doente, regramento na ingestão de alimentos, suspensão de uso de drogas lícitas – sem falar das ilícitas -, alteração nas rotinas de vida, e tantas outras orientações para tentar debelar o mal já instalado e, em muitos casos, progredirá inexorável, caso nada seja feito.
É consenso que o corpo precisa ser bem cuidado, com alimentação balanceada, evidentemente para os que tem a felicidade de disporem de variados alimentos à mesa, é preciso praticar exercícios para fortalecer o corpo, a ingestão de certas substâncias nocivas devem ser evitadas, contudo, na prática, são raros aqueles dispostos a seguir disciplinas quando escutam o grito de alerta do corpo – a doença -, em alto e bom tom: seu corpo está doente, e você Espírito que me usa como uma ferramenta de seu progresso não está cuidando de mim como deveria.
O corpo é um dos muitos empréstimos de Deus, pois tudo Lhe pertence e, se não formos cuidadosos com este conjunto de átomos formando os diferentes órgãos que mantém a nossa existência, seremos obrigados a prestar contas do mau uso deste impressionante complexo eletroeletrônico, desenvolvido ao longo de incontáveis milênios, para chegar a este ponto.
De modo geral, saúde ou doença, é uma opção pessoal, assim sendo, não seria sábio procurar avidamente as instituições espíritas para sanar apenas os males físicos. A cura poderá até acontecer, há muitos casos documentados destes chamados milagres, entretanto, a saúde real deve acontecer à nível mental, pois a mente é o mais poderoso agente criador de doenças.
Se acontece a cura – do corpo físico – em uma agremiação espírita e o doente não se disciplina mentalmente, não aprende a viver, a doença reaparece, mais cedo ou mais tarde, seja da mesma forma na qual se apresentava, ou atingindo outras áreas do corpo físico, em um processo que só terminará com a desagregação definitiva do corpo, ou seja, com a morte, contudo, enquanto isso, o Espírito sofre.
A cura real só acontece quando o Espírito imortal, que envergará muitos corpos até atingir a perfeição relativa, se torne são, e o trabalho para se adquirir esta sanidade se dá por meio da compreensão e aplicação dos ensinos oferecidos há dois mil pelo Terapeuta por excelência – Jesus o Cristo, mas enfatizamos que o uso do Evangelho só poderá nos curar se for vivido profundamente ao longo do cotidiano, não é tarefa de alguns dias, nem de alguns anos.
A vontade férrea na vivência dos princípios divinos certamente nos livrará das incômodas doenças, nesta ou em outra existência.
Sendo assim, para usufruir melhor saúde mais à frente preparemos agora o nosso futuro, pois retornaremos, necessariamente, muitas vezes, a este ou a outro mundo material, sempre com um novo corpo.