• Orson Peter Carrara – Matão/SP
Fiz pequena adaptação de magnífico texto, com transcrições parciais do original. Convido o leitor a ler na íntegra, dada a clareza e atualidade do aproveitamento parcial adaptado. As definições encaixam-se perfeitamente na atualidade de nosso cotidiano. Para cada item que se vai ler, há no original o pedido de compaixão, de ajuda, de auxílio, de despertamento, de despertar ou de correção daqueles que assim se comportam, comprometendo-se a si mesmos. Em cada item a dura realidade que ainda nos encaixamos nos abusos, negligências, omissões ou apegos que ainda nos permitimos, seduzidos que ainda estamos pela vaidade, pelo egoísmo ou pelo orgulho, pelo ciúme ou pela inveja, entre outras mazelas morais. Acompanhe:
São eles: (ou também quantos de nós não nos enquadramos)
1 – Aqueles que Te olvidaram a bênção;
2 – Os que se esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta;
3 – Os que não se envergonham de ostentar felicidade, ao lado da miséria e do infortúnio;
4 – Os que se não lembram de agradecer aos benfeitores;
5- Aqueles que dormiram nos pesadelos do vício, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana;
6 – Os que olvidaram a obrigação de serviço ao próximo;
7 – Os sábios que ocultam a inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico;
8 – Os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência na carne é simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da Eternidade;
9 – Os que caíram vencidos pelo excesso de conforto material;
10 – Os que espalharam a tristeza e o pessimismo entre os semelhantes;
11 – Os que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina;
12 – Os que se acreditam detentores de fantasioso poder e supõem loucamente absorver-te o juízo, condenando os próprios irmãos;
13 – As almas distraídas que envenenam o caminho dos outros com a agressão espiritual dos gestos intempestivos;
14 – Os que olvidaram a sentença de morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo precário;
15 – Os que se perderam nas trevas do ódio e da vingança, da ambição transviada e da impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres, quando não passam de escravos, dignos de compaixão.
O título dessa abordagem foi retirado do próprio texto, cuja íntegra do parágrafo assim se apresenta: “Eles todos, Pai, são delinquentes que escapam aos tribunais da Terra, mas estão assinalados por Tua Justiça Soberana e Perfeita, por delitos de esquecimento, perante o Infinito Bem…” Será bom que nos fixemos no trecho: “estão assinalados por tua Justiça Soberana e Perfeita, por delitos de esquecimento perante o Infinito Bem”.
Note que o esquecimento do Infinito Bem é classificado de delito. Felizmente há uma lei que nos corrige a todos. Isso faz com que recebamos de volta tudo que fizermos a nós mesmos ou aos outros, dentro do critério perfeito de Justiça.
O texto integral você encontra facilmente pesquisando pelo título Em Oração – Neio Lúcio. A autoria é de Neio Lúcio/Chico Xavier, estando no último capítulo (de número 50) do magnífico livro Jesus no Lar, edição FEB. A prece em favor desses delinquentes é feita pelo próprio Mestre da Humanidade, num grande sentimento de compaixão pelas nossas misérias humanas.