• Waldenir Aparecido Cuin – Votuporanga/SP
“Melhorar, sem desânimo, os contactos diretos e indiretos com os pais, irmãos, tios, primos e demais parentes, nas lides do mundo, para que a Lei não venha a cobrar-lhe novas e mais enérgicas experiências em encarnações próximas. (André Luiz, no livro “Conduta Espírita”, psicografia de Waldo Vieira)
A reencarnação é a abertura que a providência divina concede à criatura, para que empreenda novas experiências e conte com outras oportunidades de aprendizado e lições, que possam atestar, no tempo, maior avanço na escalada evolutiva, rumo à felicidade a que todos estamos destinados.
E o nosso renascimento na Terra só é possível mediante a participação de um homem e de uma mulher. No entanto, para maior segurança do processo reencarnatório, visando criar todas as possibilidades necessárias ao progresso do Espírito reencarnante, decidiu o Código Divino pelo estabelecimento da família, a célula primeira da sociedade.
Então, pais, filhos, irmãos, tios, avós, primos e outros formam os laços da consanguinidade, criando estreitos elos de compromissos uns para com os outros. A família, portanto, precisa ser o ninho acolhedor onde possamos repousar nossas esperanças, sonhos, metas, objetivos, buscando a concretização das propostas de crescimento e prosperidade espiritual.
Portanto é dever urgente de cada um de nós, agir de forma a contribuir decisivamente, para que a nossa família consiga cumprir com as suas responsabilidades, ou seja, a de oferecer recursos e mecanismos para a estabilidade de todos os seus membros.
Se Jesus, em sua notável sabedoria, nos ensinou que é preciso amar até mesmo os inimigos, como então, não deve ser o nosso amor para com os nossos familiares?
Moisés, no Decálogo, anotou que é indispensável honrar pai e mãe, informou que não devemos cometer adultério e ainda nos advertiu para que não cobicemos a mulher do próximo. Três observações preciosas contidas nos dez mandamentos que recebeu do Criador, por via mediúnica, falando exatamente dos compromissos e responsabilidades familiares.
Dessa forma, menosprezar os laços familiares, agir de maneira a comprometer o reduto doméstico são comportamentos e atitudes extremamente infelizes, que mais cedo ou mais tarde, responderão com as naturais consequências desagradáveis, gerando desequilíbrios e aflições.
Sabendo disso e conhecendo as orientações e advertências advindas da Providência Divina, sejamos, então, no contexto da nossa família, aquele membro participativo, fraterno, carinhoso, amigo e conciliador.
Não esperemos que nossos parentes pensem como nós, ajam como gostaríamos que agissem, sejam como idealizamos que fossem, pois à medida que conseguimos conviver com as diferenças, respeitando cada familiar como ele é, sem dúvida, nossos entes queridos saberão, também, nos entender como somos.
Façamos uso da paciência com aqueles que são intrigantes e ranzinzas, utilizemos o perdão com aqueles que nos ofendem e magoam, descubramos a fraternidade em favor daqueles que sabem e podem menos que nós, estendamos as mãos aos que não conseguem nos acompanhar na caminhada do progresso, aprendamos a respeitar os pontos de vista e opiniões daqueles que divergem na nossa maneira de interpretar a vida e as situações, e, em todos os momentos e ocasiões, permitamos que o amor possa nortear todos os nossos comportamentos e ações, objetivando fortalecer, cada vez mais, os laços de carinho e ternura que precisam existir no contexto de todas as famílias.
Se as sábias leis de Deus decidiram que ninguém deva nascer sozinho é porque no isolamento, as chances de vitória são menores, enquanto no abrigo confortador da família, dentro das funções reais do agrupamento consanguíneo, tem a criatura humana, maiores e melhores condições de vencer todos os desafios e obstáculos que surgirem pelo caminho.
Na família Deus uniu aqueles que por vários motivos precisam estar juntos. Contribuíamos, então, para a paz no âmbito do lar.
“A fonte alcança o rio, desfazendo no próprio seio a lama que lhe atiram. Sustentemos o coração nas águas vivas do bem inexaurível.
Procuremos a boa parte das criaturas, das coisas e dos sucessos que nos cruzem a lide cotidiana.
Teremos, assim, o espelho de nossa mente voltado para o bem, incorporando-lhe os tesouros eternos, e a felicidade que nasce da fé, generosa e operante, libertar-nos-á dos grilhões de todo o mal, de vez que o bem, constante e puro, terá encontrado em nós seguro refletor”.
(Emmanuel, no livro “Pensamento e Vida”, psicografia de Francisco C. Xavier, item 06)
Coluna Espírita – Conflitos familiares
out 14, 2020RedaçãoColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Coluna Espírita – Conflitos familiaresLike
Previous PostColuna Esplanada - Volta à cena
Next PostLair Ribeiro - Estresse & Sexo é como água e óleo