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quinta-feira 7 novembro 2024
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Coluna Espírita – Associação Mental

• Éder Andrade – Rio de Janeiro/RJ
Desde suas peregrinações na Palestina, o Mestre de Nazaré já nos advertia quanto as imprevidentes escolhas que realizávamos em nossas vidas, procurava oferecer novos conhecimentos, com intenção de tentar despertar no homem da época a responsabilidade associada aos caminhos que trilhávamos pelo desconhecimento da verdade ou simplesmente pelo impulso de um desejo momentâneo.
Percebendo a dificuldade de os homens daquele tempo alcançar as verdades espirituais em suas palavras, prometeu aos seus discípulos e seguidores, que se orássemos a Deus nosso Pai com fervor, Ele poderia enviar um “Consolador” que revelaria muito mais coisas, que naquele dado momento não tinha como nos explicar melhor.
Entre as diversas passagens, Jesus nos exortou com o ensinamento de “vigiai e orai, para não cairmos em tentação”, sugerindo que por meio da oração fosse possível guardar as atitudes e formas de pensamento, que abrem campo, despertando afinidades que muitas vezes chegam a nos surpreender.
No mundo moderno os jovens costumam dizer que estão conectados em rede, estabelecendo vínculos ou condomínios mentais com outras mentes encarnadas ou não, fato que acaba favorecendo uma sintonia como nos diz Emmanuel no livro Fonte Viva, “… as mais terríveis tentações decorrem do fundo sombrio de nossa individualidade”.
“Vigiai e orai, para não cairdes em tentação” — Jesus (Mateus, 26:41)
Levando em conta o nível evolutivo do planeta em que nos encontramos, de Provas e Expiações, não é muito difícil entender as escolhas precipitadas ou equivocadas que muitos acabam fazendo, não conseguindo perceber, que nem tudo que nos é lícito, nos convém! Hermínio Miranda nos alerta sobre isso; “Onde há pensamento, há correntes mentais e onde há correntes mentais existe associação. E toda associação é interdependência e influenciação recíproca. Daí concluímos quanto à necessidade de vida nobre, a fim de atrairmos pensamentos que nos enobreçam”.
Jesus em muitos momentos ofereceu oportunidade de um desfecho diferente àqueles que o procuravam como o caso do homem rico que poderia ter mudado sua vida, porém devido ao apego as suas propriedades não seguiram o Mestre. Foram escolhas equivocadas pelo desconhecimento da verdade, mas também por uma afinidade aos gozos do mundo material, já diz Emmanuel em Pensamento e Vida: “Assimilamos os pensamentos daqueles que pensam como pensamos”. Faz-se necessário ao homem de bem se capacitar com conhecimento espiritual libertador, para que consiga resistir aos arrastamentos que existem na sociedade.
Um grande marco para todos nós foi o advento do Espiritismo com Allan Kardec, fato que tornou possível o descortinar de um caminho para reeducação dos pensamentos e das emoções, com o lançamento de O Livro dos Espíritos em 18 de abril de 1857.
De forma clara Emmanuel afirma: “Nas raízes de nossas tendências, encontramos as mais vivas sugestões de inferioridade”, sendo assim fica difícil vivenciar uma encarnação sem emoções que possam nos testar, auxiliando na nossa transformação moral.
O nosso processo de reeducação implica um lento trabalho de reforma intima, estudo doutrinário e acima de tudo um testemunho silencioso de mudança de conduta. André Luiz no livro Nos Domínios da Mediunidade afirma “Os mundos atuam uns sobre os outros pelas irradiações que despedem e as almas influenciam-se mutuamente, por intermédio dos agentes mentais que produzem”. Procurando mostrar a relação de reciprocidade, afinidade e sintonia, que muitas vezes, estabelecemos com situações no nosso cotidiano, nos habituando a conviver com visões equivocadas, que acabam exigindo séculos para reparação.
1) Xavier, Francisco C. Pensamento e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. cap. 8 – Associação.
2) __________. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. cap. 110 – Vigiemos e Oremos.
3) __________. Nos Domínios da Mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. FEB.
4) Hermínio C. Miranda: Condomínio Espiritual.