• Altamirando Carneiro – São Paulo/SP
Maria, irmã de Moisés – Antes de falarmos sobre as Marias, cujas atuações estão registradas no Novo Testamento, é interessante referirmo-nos a Maria (Miryam, em hebraico) – irmã de Moisés e Aarão, que teve importante participação como heroína carismática de seu povo, tendo sido a primeira mulher a receber o título de profetisa.
Quando o menino Moisés foi deixado flutuando num cesto de junco pela sua mãe, Jocabel, e recolhido pela princesa Termútis, filha do faraó Ramsés II, Maria ofereceu-se para encontrar uma babá hebreia, que outra não foi senão a própria Jocabel, paga para cuidar do próprio filho até o seu desmame, devolvendo-o depois à filha do Faraó, que o criou.
Maria, mãe de Jesus – Espírito de elevadas virtudes, Maria foi a mãe carnal de Jesus. De condições humildes, era extremamente dedicada. Maria nasceu na cidade de Nazaré, na Galileia. Era parente de Isabel, a mãe de João Batista, que nasceu seis meses antes de Jesus.
No último capítulo do livro Boa Nova (FEB), Humberto de Campos, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, informa que, no ato da crucificação, quando Jesus disse: “Mãe, eis aí teu filho!…”, “Filho, eis aí tua mãe!”, estava se referindo a Maria de Nazaré e a João Evangelista.
Após a crucificação, Maria e João estabeleceram-se em Éfeso. Maria falava de Jesus com sublime enternecimento e João comentava as verdades evangélicas. Muitas vezes, a reunião terminava alta noite, quando as estrelas tinham maior brilho. Grande número de necessitados procurava o local.
Sua choupana era conhecida como “Casa da Santíssima”, porque, em certa ocasião, um leproso, depois de aliviadas as suas chagas, beijou-lhe as mãos e, em reconhecimento, disse: “Senhora, sois a mãe do nosso Mestre e nossa Mãe Santíssima”.
Conta Humberto de Campos que, após a desencarnação, Jesus foi buscá-la: “Sim, minha mãe, sou eu!… Venho buscar-te, pois meu Pai quer que sejas no meu reino a Rainha dos Anjos…”.
Maria desejou rever a Galileia, bastando a manifestação de sua vontade para que a conduzissem à região do lago de Genesaré, onde reviu todos os quadros do apostolado de seu filho; notou que o Tiberíades apresentava a forma quase perfeita de um alaúde.
Aproximou-se dos mártires, os cristãos que, por amor aos ensinamentos de Jesus, foram condenados a morrer sob as garras dos leões. Foi quando, aproximando-se de uma jovem encarcerada, lhe disse ao ouvido: “Canta, minha filha! Tenhamos bom ânimo!… Convertamos as nossas dores da Terra em alegrias para o Céu…”. A prisioneira nunca saberia compreender o motivo da emotividade que lhe fez vibrar subitamente o coração.
Maria de Betânia – Irmã de Marta e de Lázaro. Natural de Betânia. Todas as vezes em que ia a essa aldeia, Jesus hospedava-se em sua casa. Numa dessas visitas, assentou-se aos pés do Mestre e quis ouvir suas palavras. Marta, preocupada com os trabalhos do lar, perguntou a Jesus se não lhe parecia que Maria deveria ajudá-la, ao que ele respondeu que Maria havia escolhido a boa parte, a qual não lhe seria mais tirada.
Certa vez, quando Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso, aproximou-se Maria, que portava um vaso de alabastro com unguento de grande valor, e, quando ele estava à mesa, derramou o unguento sobre a cabeça do Mestre. Judas Iscariotes reclamou do que ele classificou de desperdício, pois o unguento poderia ser vendido e o dinheiro poderia ser entregue aos pobres.
Jesus perguntou por que Judas a afligia, quando ela praticou uma boa ação para com Jesus. E, enquanto os apóstolos tinham sempre com eles os pobres, a ele não haveriam de ter sempre, e, onde quer que o Evangelho fosse pregado, em todo o mundo, também haveria de ser referido o que ela fez, para memória dela.
Maria de Magdala – Sua cidade de origem era Magdala, povoado situado na margem ocidental do lago da Galileia. Também chamado de Dalmanuta.
Dotada de grande beleza, vestia-se ricamente. Jesus expeliu sete Espíritos obsessores que a atormentavam. Dali por diante, Maria passou a ser uma das suas mais assíduas seguidoras. Após a crucificação, foi a primeira pessoa para quem Jesus apareceu.
Maria Madalena não foi a adúltera apontada no Evangelho. Ela era uma cortesã e, não sendo casada, não poderia ter sido adúltera. Era uma mulher de posição social alta e não a prostituta que se diz que ela era.
Maria de Cleofas – Era prima-irmã de Maria de Nazaré. Esposa de Alfeu de Klopas. Foi mãe de Tiago Menor, Simão Cananeu e Judas Tadeu.
Segundo os evangelistas Marcos e João, Maria de Cleofas esteve presente, juntamente com Maria de Nazaré e Maria de Magdala no ato da crucificação de Jesus.
Maria, mãe de Marcos – Sua casa, situada num bairro pobre, isolado, de Jerusalém, era local de encontro dos primeiros cristãos. Provavelmente, Maria era uma viúva rica, pois tinha muitos servos. Sua casa era suficientemente grande para os cristãos se reunirem. Pedro voltou para a casa dela após a libertação miraculosa da prisão.
Coluna Espírita – As Marias do Evangelho
maio 13, 2021RedaçãoColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Coluna Espírita – As Marias do EvangelhoLike
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