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sexta-feira 8 novembro 2024
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Coluna Espírita – Artista ignorado

• Orson Peter Carrara – Matão/SP
O texto não é meu. Está disponível no site www.momento.com.br e foi postado em: 09 de outubro de 2019. Mas é de grande beleza e todos temos necessidade que esteja em nossa sensibilidade nesses tempos de tantas dificuldades. Vejam que inspiração textual. Transcrevo na íntegra:
É natural e garantido por lei o direito do autor sobre sua criação.
Por isso, os livros, os painéis, os discursos, toda obra de arte traz a assinatura do seu autor.
Quando se contemplam os quadros dos grandes mestres da pintura, buscamos, de imediato a assinatura, a fim de termos certeza da autoria.
Aqueles que nos debruçamos no estudo da Arte, passamos a identificar os traços característicos de cada um deles.
Assim também na Literatura. Depois de lermos várias obras do mesmo autor, podemos identificar o estilo.
Não é estranho que todos os dias contemplemos uma grandiosa obra de arte e não reconheçamos o Artista?
Extasiamo-nos com as cores vibrantes de um pôr do sol. Encantamo-nos com o brilho da lua que, por vezes, parece um imenso lago de prata.
Olhamos para as araucárias esbeltas, com seus braços copados erguidos para o alto, imponentes e ficamos a imaginar quanto mais haverão de crescer.
Numa vista aérea, descobrimos a mata cortada por veias e artérias de águas em recortes pitorescos. Uma pintura digna de um hábil Artista.
Detemo-nos no jardim e a rosa nos oferece a maciez do veludo, exalando perfume, enquanto a margarida apresenta seu branco imaculado.
As borboletas, trazendo nas asas as pinturas dos impressionistas, dos cubistas, dos românticos, dançam leves no ar.
O planeta todo em que moramos é uma obra impressionante. Cheio de altos e baixos, planícies e montanhas. Zonas de mata verde e desertos ardentes.
Cachoeiras cantantes e filetes que mal escorrem entre as rochas. Fontes de água fresca e lagos tão grandes que mais parecem um oceano.
Águas doces. Águas salgadas.
E frutas doces, ácidas, hiper-hídricas se apresentam em profusão como fontes inesgotáveis de água, carboidratos, gorduras, sais minerais, vitaminas e outros micronutrientes, distribuídos em um equilíbrio perfeito.
Não é surpreendente que o Autor de tudo isso se mantenha ignorado? Ao menos por aqueles que não temos olhos de ver, sensibilidade suficiente para O perceber.
Esse Artista Insuperável, que se esmera em produção diária constante, fornece ainda o ar para que respiremos e todas as demais condições para vivermos sobre esta Terra.
Alguns teimamos em negar que Ele exista, porque não encontramos a Sua assinatura em lugar algum.
Outros, os que já despertamos e aguçamos a sensibilidade, descobrimos a Sua assinatura em cada nervura de folha, em cada gota d’água, em cada grão de areia.
Tudo único, inigualável.
E esses temos a certeza plena de que Ele comanda todas as leis que regem o nosso globo e o Universo em que nos movemos.
Ele está atento aos movimentos de rotação e translação da Terra e observa, com Seu olhar, nossa constante viagem pelo Universo, acompanhando o sistema solar.
Uma viagem em velocidade vertiginosa, mas que, por estarmos amparados por Essas hábeis mãos, nem percebemos o deslocamento.
Nem nos damos conta de que viajamos tanto…
Porque afinal, a casa desse Artista é tão imensa que por mais exploremos o espaço sideral, não esgotaremos a sua totalidade.
Importante seria que O descobríssemos e tributássemos reverência à sua fenomenal obra.