• Waldenir Aparecido Cuin – Votuporanga/SP
“Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” – Jesus (Mateus, XXII:39.)
O Evangelho de Jesus está difundindo ensinamentos e verdades há dois mil anos e, nesse tempo, por inúmeras oportunidades, lemos, estudamos e meditamos sobre tais informações, no entanto, ainda estamos longe da verdadeira vivência prática das lições apontadas. Muito frequentemente somos discípulos do Cristo na palavra inflamada, no texto escrito com emoção ou na imagem televisiva bem elaborada, contudo, negligenciamos na exemplificação.
Cuidamos, com muito esmero, dos atos exteriores, da aparência evangélica, sem darmos muita atenção à essência do verdadeiro conteúdo cristão.
Ante a agressividade de um companheiro em desequilíbrio, que nos causa problemas e sofrimentos, conseguimos exercitar o perdão?
Ante a criança carente, que desfila pelas ruas da cidade em busca de um prato de comida ou um pedaço de pão, temos o necessário desprendimento para frear nossos passos visando socorrê-la, mesmo que momentaneamente?
Ante a mãe desesperada, que ostenta nos braços o filhinho doente, sem os recursos para a compra do medicamento, temos a devida consideração em tentar ajudá-la de alguma forma?
Ante o chefe de família desempregado, que se vê impossibilitado de atender aos requisitos básicos do seu lar, reunimos vontade para procurar uma ocupação junto com ele?
Ante o jovem atordoado pelo uso nocivo dos tóxicos, sem criticá-lo, pensamos em movimentar recursos que possam despertá-lo para a realidade da vida e para os perigos da viciação?
Ante a família abalada pela separação de um ente querido que viajou para o mundo espiritual, mediante o processo da desencarnação, reunimos forças para dizer a ela que a vida continua e que um dia estaremos numa pátria onde a morte não existe?
Ante o irmão que caiu em erro e foi parar na prisão, sentimos nascer dentro de nós o desejo sincero de estender-lhe a mão para que possa novamente se reintegrar na sociedade?
Ante o familiar desequilibrado e causador de problemas no lar, já tentamos exercitar a paciência, em busca de condições que possam fazê-lo acordar para os equívocos que vem cometendo em prejuízo àqueles que o amam?
Ante aqueles que carregam nos ombros a responsabilidade por administrações privadas ou públicas, temos o hábito de orar por eles para que acertem em suas decisões?
Amar o próximo como a si mesmo significa muito mais que falar, escrever ou produzir belos programas de televisão, em verdade, expressa a real necessidade de exemplificarmos, na prática, com atos, atitudes e comportamentos, a vivência cristã.
Jesus subiu ao monte e discursou à multidão aflita, tão necessitada de uma palavra de esperança e esclarecimento, mas curou o paralítico de Cafarnaum, devolveu a visão ao cego de Jericó, restituiu a saúde a um leproso, entre tantos outros exemplos de amor prático.
E nós, que estamos fazendo além de ler, estudar e comentar o Evangelho do Cristo? Já conseguimos colocar em prática o “Amar o próximo como a si mesmo”, ou ainda estamos adormecidos sobre os textos evangélicos esperando pelos “milagres” que ele possa produzir?
O nosso próximo precisa, sim, ser informado quanto às lições de Jesus, mas precisa muito que demonstremos a ele que já conseguimos viver, na prática, os ensinamentos que estamos transmitindo, senão, seremos apenas alguém que fala, ensina, informa…, mas não faz. Então a hipocrisia estará conosco, e o amor, em nossa vida, será apenas uma palavra vazia.
Reflitamos.
Coluna Espírita – Amor ao próximo
jan 09, 2021RedaçãoColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Coluna Espírita – Amor ao próximoLike
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