• Francisco Rebouças – Niterói/RJ
Todas as religiões ditas cristãs deveriam ensinar a seus adeptos, tão-somente os ensinos de Jesus, e, dessa forma, certamente a Terra já estaria vivenciando uma era de justiça e paz bem diferente da que vige em nosso planeta na atualidade.
Basta que observemos seus ensinos contidos nos evangelhos, para que encontremos o verdadeiro roteiro de uma vida de respeito e fraternidade que nos assegurariam uma perfeita convivência com o nosso irmão em humanidade a caminho da felicidade e da perfeição.
“Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles?
A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua. ¹
Para exemplificar o benefício do exercício desses conceitos cristãos, na vida de qualquer ser humano que deles fizer uso, recorremos a um pequeno conto, que retiramos dos inúmeros que circulam pela internet, e que transcrevemos a seguir.
A resposta do Ramesh, mestre na Índia
Conta-se que certo aprendiz, indagou certa vez a Ramesh, um de seus mestres: “Mestre, por que existem pessoas que saem facilmente dos problemas mais complicados, enquanto outras sofrem por problemas muito pequenos, morrem afogados num copo d’água”?
O Mestre esboçou doce sorriso, e lhe contou uma história.
Certo homem viveu de forma amorosa durante toda sua vida. Quando ele morreu, todos que com ele conviveram exigiram que ele fosse encaminhado para o Céu, pois, um homem tão bom, quanto ele fora, merecia desfrutar dos privilégios do paraíso. Para aquele homem, ir para o Céu não lhe parecia tão importante, mas, atendendo a pedidos, para lá se dirigiu.
A narrativa destaca que, naquela época, o céu não havia passado por um programa de qualidade total, por essa razão, a recepção não funcionava muito bem, e a moça que o recebeu deu uma olhada rápida nas fichas, que se encontravam espalhadas pelo balcão, não tendo encontrado nelas o nome daquele homem, o encaminhou para o inferno.
No Inferno, ninguém exige crachá e nem convite; qualquer um que chegar é imediatamente convidado a entrar. O homem entrou e por lá foi ficando…
Dias depois, o Chefe Geral do Inferno bate furioso às portas do Paraíso para tomar satisfação com São Pedro. Profundamente irritado falou: “Isso que você está fazendo é puro terrorismo”!!
Sem saber o motivo de tanta raiva, Pedro perguntou do que se tratava. Transtornado o Chefe Geral do Inferno respondeu: “Você mandou aquele sujeito para o Inferno, e ele está me desmoralizando! Chegou escutando as pessoas, olhando-as nos olhos, conversando com elas.
Agora, está todo mundo dialogando, se abraçando, se beijando. O inferno não é lugar para isso! Por favor, traga esse sujeito para cá”.
Quando Ramesh terminou de contar essa história, olhou carinhosamente para o jovem aprendiz e lhe disse:
“Viva com tanto amor no coração, que se por engano você for parar no Inferno, o próprio Demônio o traga de volta ao paraíso”.
Se eu pudesse lhe deixar alguns presentes deixaria:
* acesso ao sentimento de amar a vida e seus irmãos em humanidade.
* a consciência de aprender tudo o que lhe foi ensinado pelo tempo afora.
* a vigilância para lembrar e evitar os erros que foram cometidos para não mais os repetir.
* a capacidade de colher novos caminhos.
Deixaria ainda se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável:
– Além do pão, o trabalho, além do trabalho, a ação.
E, quando mais faltasse, um segredo: O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar sempre uma boa saída. ²
Que pelo menos nós espíritas possamos interiorizar os conceitos da doutrina que esposamos e nos transformarmos em verdadeiros discípulos do Mestre de Nazaré, a espalhar as benesses de sua mensagem através de nossas ações no dia a dia de nossas vidas, hoje e sempre.
Referências:
1) O Evangelho segundo o Espiritismo – Cap. XI, item 4
2) Pesquisas na Internet
Coluna Espírita – Ah!, se escutássemos Jesus
jun 22, 2022RedaçãoColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Coluna Espírita – Ah!, se escutássemos JesusLike
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