• Espírito Benedita Maria – Psicografia de Raul Teixeira – Niterói/RJ
Afirma-se que das primordiais perguntas que teria feito o ser humano, ao dar-se conta de si, na vastidão do mundo, a primeira foi: “Quem sou eu?”.
A ser isso verdade, podemos concluir que toda a filosofia tem início com a criatura humana querendo saber a respeito de si mesma. E o que parece é que nessa montoeira de séculos que passaram desde então, continua o indivíduo terreno imerso na mesma ansiedade por encontrar a resposta buscada.
Comumente, tem havido tanta gente falando tantas coisas para a mente em geral, que se torna muito difícil para o ser humano conseguir sacar aquilo que lhe pareça mais lúcido, ou mesmo mais lógico, dentre tantas informações que lhe chegam. Tudo se apresenta mais complicado ainda quando sabemos que há muitíssimas pessoas completamente inabilitadas para organizar a mente, pensar e retirar bonitas conclusões do seu pensar.
Muito embora o conhecimento de si mesmo, o esforço para se saber quem é, não pode levar a pessoa a crer que alcançará a completa resposta sobre si própria, pois isso não sucederá. A proposta do autoconhecimento nos sugere um processo de busca do qual não se conhece o final, mas que deve ser efetuado pelas criaturas humanas.
A busca de conhecer a si mesmo é um processo que nos vai impulsionando sempre para o Criador, sempre para adiante, e a cada dia que passa temos maior estabilidade para conquistar um grau mais significativo de autoconhecimento. Isso nos auxiliará bastante a viver na Terra conosco mesmos e com os que nos rodeiam os movimentos de progresso pelo mundo afora.
O trabalho pela realização do autoconhecimento é algo de tamanha complexidade, que grande número de seres, mesmo os que já mostram amadurecimento para isso, têm necessidade da ajuda externa de outros indivíduos que, estando sob um ângulo diferente, ajudem a que se tenha uma visão e o consequente entendimento mais claro e mais amplo acerca da pessoa em pauta.
Há quem necessite do apoio de um amigo ou de um médico; de um psicólogo ou um orientador espiritual respeitável, responsável, que se proponha a auxiliá-lo nessa empreitada, que não se sabe quando terminará, mas que se pode ter certeza que a cada passo dado para a frente, a cada aprofundamento realizado, o indivíduo em foco se sentirá em melhores condições para enfrentar e superar os lances mais inusitados da sua estrada para Deus.
Parece que a pergunta “Quem sou eu?”, milenarmente lançada ao ar, como quem simplesmente expira, deve passar a ser feita da intimidade reflexiva ao ser, para que, assim, comece a fazer sentido e a encontrar na senda do esclarecimento geral, sobre a existência humana e a respeito da verdade de que somos Espíritos, a chance da esperada resposta, no rumo dos tempos do futuro.