• Yé Gonçalves – Governador Valadares/MG
Muito se ouve falar nas tribunas, nos estudos e nos colóquios dos movimentos espíritas que, segundo Emmanuel, a maior caridade que se pode fazer à doutrina espírita é a sua própria divulgação.
Diante dessa assertiva, fico, como de costume, em questionamentos com os meus botões, acerca do que o benfeitor Emmanuel quis dizer com a palavra divulgação.
Então, caro amigo leitor, tive de me recorrer ao amigo Onário. Logo pude entender o que disse Onário. O nosso famoso e colaborador dicionário.
Ele, o dicionário, me explicou que divulgação é ação de divulgar, vulgarizar e difundir, tendo como sinônimas as palavras espalhamento e disseminação.
Confesso que não fiquei satisfeito com essas definições do amigo Onário. Esperava algo mais palpável, concreto, realizável.
Continuei com as minhas ponderações, trocando miúdos com os meus sinceros amigos botões, em busca da formação de uma ideia lógica sobre o assunto em pauta.
E nas divagações de minhas reflexões recordei São Francisco de Assis, quando disse certa vez, in verbis: Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras.
A partir daí, continuei refletindo, desta vez, sobre a recomendação de Francisco de Assis, que me ajudou a interpretar a intenção do benfeitor Emmanuel.
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Ah! Amigo leitor, palavras são sementes feito brisas que passam roçando de leve os pensamentos, corações e consciências, deixando o frescor e o alívio às nossas fadigas físicas e emocionais.
Mas, mesmo que repetidas vezes, a eficácia de seu acolhimento nas consciências necessita de bases sólidas.
Os exemplos das vivências e dos testemunhos sinceros podem ser fincados com mais facilidade nas consciências, feito semente a aprofundar-se no solo, fazendo que, com o tempo, possam germinar e rasgar o chão duro da natureza humana, transbordando florescimento e frutos que sirvam de alimento espiritual para a promoção da felicidade nesta oficina Terra.
Oh! Tribunas e mais tribunas que nelas muitos desejam se expressar e expressar o entendimento do Evangelho. Mas são nas tribunas que muitos se envaidecem no falar bonito, com elegância, diante das câmeras, dos olhares da mídia e dos mais diversos expectadores e telespectadores.
O que seria daqueles que se dedicam à limpeza dos banheiros, à faxina dos compartimentos das casas espíritas, se não estivessem através desses ofícios divulgando a doutrina espírita?
O que seria daqueles que providenciam a água fluidificada e a troca da toalha da mesa para a palestra pública, e a preparação da sopa aos necessitados, se não estivessem através desses serviços divulgando a doutrina espírita?
O que seria daqueles que deixam de ir ao centro espírita para cuidar ou visitar ou socorrer um parente, ou um vizinho, ou um amigo que esteja passando por uma enfermidade ou outro problema de difícil solução, se não estivessem através desses atendimentos divulgando a doutrina espírita?
São tantos e tantos exemplos…
Dizia o Mestre Jesus: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura (Marcos 16:15) e Nem todo aquele que diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus (Mateus 7:21).
Pensemos e raciocinemos a respeito disso, enquanto eu fico por aqui em divagações, com os meus botões, sobre o verdadeiro significado da divulgação da doutrina espírita (Evangelho Redivivo) como sendo a maior caridade que possamos a ela fazer.