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segunda-feira 25 novembro 2024
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Coluna Espírita – A importância do diálogo com os jovens

• Altamirando Carneiro – São Paulo/SP
Do livro de Chico Xavier – Dos Hippies aos Problemas do Mundo – Edições FEESP, capítulo 9: Juventude, que contém perguntas feitas ao médium Francisco Cândido Xavier durante a realização do programa Pinga-Fogo, apresentado pela extinta TV Tupi de São Paulo, em 1971. Chico foi assessorado espiritualmente por Emmanuel:
“Hoje, muitas vezes, queremos tratar os nossos jovens como se eles fossem nossos inimigos, e isso é um erro. Os nossos jovens são nossos continuadores. Trazem consigo uma vida diferente da nossa. Impulsos originais que nós não podemos auscultar em toda a sua extensão. Os nossos jovens de ambos os sexos necessitam, principalmente hoje, de nossa compreensão”.
Prossegue o texto explicando que embora não se possa empurrá-los para a libertinagem, não se deve frear neles o impulso à libertação, para que se realizem, desvinculem-se da nossa vida pessoal.
Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec quer saber dos Espíritos (pergunta 385):
“Qual o motivo da mudança que se opera no seu caráter a uma certa idade, e particularmente ao sair da adolescência? É o Espírito que se modifica?”
“É o Espírito que retorna a sua natureza e se mostra tal qual era. Não conheceis o mistério que as crianças ocultam em sua inocência; não sabeis o que elas são, nem o que foram, nem o que serão. De onde vem essa doce afeição, essa terna complacência que até mesmo os estranhos experimentam por uma criança?”
Importante que cada um se conscientize de que nossos filhos são Espíritos, vindo de outras condições, diferentes das nossas. É preciso que haja o diálogo, a comunicação em todos os momentos. É preciso conversar, filhos e pais e vice-versa, como grandes amigos que se interligam através das suas experiências.
Por fim, diz a obra Dos Hippies aos problemas do Mundo:
“Aconselhemos nossos jovens. Amparemos os nossos jovens com as nossas experiências e que eles nos amparem com a sua força e nos amem, que todos nós precisamos de amor. Mas que haja aquela fronteira que nós chamamos de respeito, para que cada um seja ele mesmo e para que nós possamos viver em paz uns com os outros, sem necessidade de cairmos em neurose e depois em psicoses, e recorrermos aos nossos amigos da Medicina, como doentes graves, arredados da vida e arredados do trabalho, porque a vida para nós deve ser uma escola sem férias, com as pautas de descanso, mas todos fomos chamados a trabalhar”.