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domingo 24 novembro 2024
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Coluna Espírita – A imensa alegria de viver

• Ricardo Orestes Forni – Tupã/SP
É preciso, ou não, sentir alegria de viver? Claro que sim! A vida é um dom sublime e devemos sentir uma imensa alegria ao vivê-la!
Pois, então, vamos a certas considerações.
Os negócios de uma empresa iam, como se diz “de vento em popa” e os donos sentiam uma imensa alegria de viver.
A saúde inunda nosso corpo físico e sentimos disposição e temos uma imensa alegria de viver.
Nossos pais, nossos filhos, nossos entes queridos, enfim, estão todos bem e sentimos uma imensa alegria de viver.
Estamos em perfeito equilíbrio emocional, sem a visita da depressão ou coisas semelhantes, e na posse desse estado de alma sentimos uma imensa alegria de viver.
Colocadas essas considerações que nos levam à alegria de viver, vamos compará-las a alguns ensinamentos ditados por Joanna de Ângelis na página psicografada por Divaldo em cinco de junho de 2014, em Vitry-sur-Seine, França.
“Enquanto a barca da reencarnação navegava nas águas tranquilas do prazer, todos os acontecimentos eram enriquecidos pelos sorrisos, pela imensa alegria de viver.
Tinhas a impressão de que te encontravas no verdadeiro paraíso, sem maiores preocupações com o processo de evolução.
Inesperadamente, porém, foste surpreendido por ocorrências imprevistas e te encontras tomado de surpresa e desencanto, acreditando-te desamparado e sem o socorro da divina Providência.
Sucede que a Terra é escola abençoada que faculta o progresso intelecto-moral dos Espíritos que nela reencarnam.
Nesse sentido, o sofrimento se apresenta como benfeitor, por despertar a consciência adormecida e propor-lhe a visão correta para o comportamento durante a existência.
Sempre surgem, em todas as vidas, esses fenômenos inesperados, porque eles fazem parte do programa de iluminação da humanidade.
Ninguém há que se encontre indene à sua ocorrência.
Eles se apresentam e esperam ser bem recebidos, mesmo marchetando a alma e retirando a aparente tranquilidade.
O físico é o mundo das ilusões e das fantasias.
O espiritual é aquele de onde se procede e para onde se retorna.”
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Nessas poucas linhas que reproduzimos da mensagem de Joanna, conseguimos entender a verdadeira imensa alegria de viver de Chico Xavier que, mesmo com todos os problemas que enfrentou no seio familiar, no meio espírita e fora dele, realmente era feliz. A imensa alegria de viver inundava-lhe o interior do ser. Entendia ele que estava de retorno “de onde se procede e para onde se retorna”.
A alegria de viver não se assentava na paz transitória dos dias vividos no uniforme do corpo físico, mas na paz de consciência que o mundo nos permite conquistar quando enfrentamos e vencemos a nós mesmos diante dos obstáculos que se apresentam durante a nossa jornada pela escola da Terra.
Podemos, da mesma forma e pelos mesmos motivos, citar o exemplo de Divaldo, que, enfrentando problemas que só ele mesmo poderia descrever, apresenta-se sempre feliz e agradecido a Deus pelo dom da vida. Como bem frisou Joanna, ninguém há que se encontre imunizado contra os problemas da jornada terrestre. Não voltamos para viajar placidamente pelo mundo como se estivéssemos nos instalado num hotel cinco estrelas em uma suíte de alto valor. Aliás, os problemas são exatamente os agentes que a Lei coloca em nosso caminho para que encontremos as soluções que nos afligem o Espírito. Não fossem eles e estacionaríamos. Estacionados, ficaríamos longe da perfeição. E quanto mais longe da perfeição para a qual fomos criados por Deus, mais longe estaremos da felicidade e da paz que tanto desejamos, mas que procuramos nas águas calmas de uma existência física sem problemas. Quando pequenas ondas agitam o mar de nossa existência, agarramo-nos ao barco frágil do corpo e nos desesperamos, nos desequilibramos, exatamente como fizeram um dia os Apóstolos no mar da Galileia. A grande diferença é que já temos dois mil anos de lições de Cristianismo que deveriam ter instalado dentro de nós a bússola da fé em Deus.
Baseados nos ensinamentos de Joanna, temos sentido uma imensa alegria de viver? Ou ainda nos agarramos desesperados ao barco do corpo físico diante dos problemas da vida, sem compreender que retornamos, a cada dia que passa, para onde viemos?