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sexta-feira 15 novembro 2024
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Coluna Espírita – A identificação do Mestre

• Altamirando Carneiro – São Paulo/SP
Clamava, pois, Jesus no Templo, ensinando e dizendo: Vós conheceis-me, e sabeis donde sou; e eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis. Mas eu conheço-o, porque dele sou e ele me enviou. (João, 7:28 e 29)
Orientava o Alto a João sobre como ele identificaria Jesus. Muitos já haviam sido os sinais dados à Humanidade, no sentido de que o Céu está atento e ativo em nosso meio. Basta apenas olharmos o Velho Testamento, onde encontraremos inúmeros acontecimentos nesse sentido. Este, entretanto, revestia-se de singular importância, pois enquanto os outros serviam de preparação para a vinda de Jesus, neste era o próprio Mestre que se apresentaria ao conhecimento de João Batista. “Eis o que tira os pecados do mundo”, disse João ao reconhecê-lo.
Várias foram as interpretações ao longo do tempo, sobre esta afirmativa. Alguns acharam que Jesus havia carregado consigo todas as mazelas de nossos atos, ao se retirar deste mundo. Outros há que consideram que basta apenas crermos nele, entretanto, o mundo está aí mostrando-nos que os atos menos nobres continuam a existir. Tal como na época de Sua estada, entre nós as guerras continuam, a criminalidade jamais deixou de existir e o ser humano não abdicou ainda do seu lado violento.
Dentro desse quadro, como poderíamos entender então as palavras de João Batista ao nos dizer que Jesus é quem tiraria os pecados do mundo?
Sem dúvida alguma, não nos faltou com a verdade ao nos fazer tal afirmativa, porém, o pecado só será tirado do mundo quando aprendermos a não errar, e foi para isso que o Mestre veio. Não nos encaminhou Jesus para o comodismo de aceitarmos que tudo o que fizermos de errado seria por ele apagado, pois estaria negando os fatos e pregando a perpetuação do erro. Como supremo orientador das Almas, trouxe-nos a solução para que nós mesmos colocássemos um basta à falta de amor em nosso comportamento. Trouxe-nos o Evangelho como norma de conduta, e só se pautarmos os nossos atos nestes ensinamentos é que poderemos erradicar o “pecado” do nosso mundo.
Agindo, mostrou-nos como devemos proceder. Orientando, deixou-nos a lição imorredoura.
Amando-nos, ampara-nos nas quedas e espera a nossa decisão ao seu convite. Compete-nos a cada um de nós a extirpação do mal ainda enraizado em nosso íntimo, para que o Bem triunfe em nós e à nossa volta.
“Amai-vos uns aos outros, eis a Lei”, disse-nos. Ouçamo-lo.
Jesus é a chave da nossa evolução – Será que vocês me conhecem? Perguntou o Mestre aos que o ouviam. Será, de fato…? Provavelmente muitos não saberiam dizer e, se uns o queriam matar, outros o seguiam, guiados pelo seu magnetismo e pela força de seus ensinamentos. Não se interessavam em saber quem era e de onde vinha. Sabiam apenas que o que dizia transcendia em muito o que estavam habituados a receber da sociedade em que viviam e o que dele recebiam era bálsamo para suas dores e força a aumentar-lhes a esperança.
Necessitados de tudo, sentiam íntima segurança na sua presença. Singulares reações aconteciam no íntimo de cada um. Sentiam estar próximos de belo e imenso remanso a dar descanso às suas almas. Esqueciam-se de suas vicissitudes enquanto o ouviam. Não sabiam quem era, mas tinham a certeza de que o que lhes trazia provinha de lugar muito acima da Terra dolorida que conheciam.
Sabeis quem sou? Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Eu sou a vida. Vida melhor, menos áspera, menos sofrida. Caminhos sem tropeço, iluminados pelo amor. Verdade que não fere e que orienta a todos para sendas plenas de luz, onde a compreensão e o entendimento ameno, através da doação espontânea e sem exigência, estão sempre presentes.
Eu sou aquele que veio não só dizer-vos: amai-vos uns aos outros, mas também mostrar-vos na prática que isso é possível.
Eu sou a chave da vossa evolução espiritual, pois há nos meus ensinamentos um conteúdo tal que, se vós o seguirem, fará com que alcanceis páramos siderais que jamais podereis imaginar, onde reina a paz e a doçura e se enchem de felicidade.
Estais cansados das lutas acerbas? Vinde a mim e eu vos aliviarei. As dores morais são imensas? Vinde a mim e eu saberei compreender-vos. Há desorientação? Vinde a mim que saberei orientar-vos. Estais temerosos? Vinde a mim que vos restaurarei a confiança. Sentis solidão? Vinde a mim e sentireis a minha presença constante ao vosso lado.
Eu sou aquele que não desiste de vos ajudar a alçar voo mais alto. Ajudarei a libertar-vos da matéria que vos mantém na retaguarda e vos encaminharei para as belezas inenarráveis que o Pai vos reserva.
Sim, eu sou aquele que o Pai enviou para dizer-vos que a vida é muito mais do que estais vivendo no momento. Que cada segundo é sagrada oportunidade de aprendizado.
Sim, eu sou o amigo de todas as horas, que tem o dom de acalmar as tempestades. Vinde a mim.