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segunda-feira 23 dezembro 2024
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Coluna do Crisante – Episódio: As velhinhas sinceras

Esta semana uma amiga repassou uma história que relata um julgamento em um tribunal, sendo que uma velhinha era uma das testemunhas.
Foi num julgamento em que o Juiz chamou a primeira testemunha, uma velhinha de idade bem avançada. Para começar a construir uma linha de argumentação, o promotor de Justiça lhe fez a seguinte indagação:
__ Dona Genoveva, a senhora me conhece ! Sabe quem sou eu e o que faço!
__ Claro que eu o conheço! Eu o conheci bebê. Só chorava. Mas, francamente você me decepcionou! Você trai sua mulher, você manipula as pessoas, você espalha boatos e adora fofocas. Você acha que é influente e respeitado na cidade, quando na realidade você é apenas um coitado. Nem sabe que a filha está grávida e, pelo que sei, nem ela sabe quem é o pai. Ah, se eu o conheço! Claro que conheço!
O Promotor ficou estarrecido, incapaz de acreditar no que estava ouvindo. Ele ficou mudo, olhando para o juiz e para os jurados. Sem saber o que fazer, ele apontou para o advogado de defesa e perguntou à velhinha:
___ E o advogado de defesa, a senhora o conhece?
A velhinha respondeu imediatamente:
___ O Robertinho? É Claro que eu o conheço!
Em sua argumentação, prosseguiu:
___Desde criancinha! Eu cuidava dele para a Marlene, a mãe dele, pois sempre que o pai dele saía, a mãe ia pra algum outro compromisso. E ele também me decepcionou. É preguiçoso, puritano, alcoólatra e sempre quer dar lição de moral nos outros sem ter nenhuma para ele. Ele não tem nenhum amigo e ainda conseguiu perder quase todos os 4 processos em que atuou. Além de ser traído pela mulher com o mecânico… com o mecânico!!!
Neste momento, o Juiz pediu para que aquela senhora ficasse em silêncio. Em seguida, pediu para que o promotor e o advogado se aproximassem dele, se debruçou na bancada e falou baixinho :
__Se algum de vocês perguntarem a esta velha se ela me conhece, vai sair desta sala preso… Fui claro???
A VELHINHA DE TAUBATÉ- Como Taubaté não gosta de perder pontos, vou contar uma passagem que ouvi numa conversa de bar. Um reverendo pregava numa praça, e falava:
__Hoje é o dia do perdão ! Vamos perdoar nossos inimigos. Perdoar é divino e só os grandes têm esse poder.
Prosseguindo, indagou:
__Quem de vocês tem um inimigo ?
A multidão levantou a mão, menos uma velinha.
O reverendo percebeu, e disse:
__Quem de vocês não tem inimigo?
A velhinha levantou a mão direita. O reverendo a chamou no palanque e perguntou a ela: _ Qual o nome da senhora __Maria do Socorro !
_ Quantos anos têm a senhora!- indagou o reverendo.
__ Noventa e cinco anos ?
__ respondeu a velhinha. E o reverendo foi taxativo:
__A senhora, então, não tem nenhum inimigo ?
__Nenhum! Todos morreram …