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quinta-feira 28 novembro 2024
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Cientistas russos criam ‘máquina do tempo’ e conseguem realizar ‘viagem’ para o passado

Os físicos russos alcançaram efetivamente o mesmo princípio de viagem no tempo
Parece coisa de ficção científica, mas não é!

Cientistas russos do Laboratório de Física do Instituto de Física e Tecnologia de Moscou revelaram nesta semana que criaram uma espécie de ‘máquina do tempo’ e que já obtiveram sucesso ao realizar a ‘viagem’ de uma partícula minúscula em uma fração de segundo para o passado.
Os primeiros testes bem sucedidos foram realizados com objetos menores que o átomo na direção oposta da “flecha do tempo”, desafiando assim a segunda lei da termodinâmica. Os experimentos envolveram elétrons — partículas negativamente carregadas que compõem um átomo — encontrados no reino da mecânica quântica, o estudo de partículas subatômicas.
Os físicos responsáveis fizeram uma analogia envolvendo uma pausa para um jogo de sinuca, no qual as bolas são substitutas dos elétrons. Depois do intervalo, as “bolas” estão espalhadas no que deveria ser uma maneira aleatória, de acordo com as leis da física. Mas os pesquisadores conseguiram fazê-los retomar à sua ordem original de ‘quebra’ do triângulo – aparecendo como se estivessem voltando no tempo, usando apenas um computador quântico especial.
Já a tal ‘máquina do tempo’ descrita pela Scientific Reports foi construída a partir de um computador quântico básico, composto de “qubits” — que são unidades de informação descritas por um ‘1’, um ‘0’ ou uma ‘superposição’ mista de ambos, que podem ser armazenados em um elétron. No experimento, um ‘programa de evolução’ foi lançado, o que fez com que os qubits se tornassem um padrão de mudança crescente de ‘0’s e ‘1’s. Durante esse processo, a ordem foi perdida – assim como ocorre quando as bolas de sinuca são golpeadas e espalhadas com uma tacada.
Outro programa modificou o estado do computador quântico de tal forma que evoluiu “para trás”, do caos para a ordem. Na sequência, o estado dos qubits foi rebobinado de volta ao seu ponto inicial original.
Os cientistas descobriram que, trabalhando com apenas dois qubits, a “inversão de tempo” foi alcançada com uma taxa de sucesso de 85%. Quando três qubits foram envolvidos, ocorreram mais erros, resultando em uma taxa de sucesso de 50%.
“Criamos artificialmente um estado que evolui em direção oposta à da flecha termodinâmica do tempo. Nosso algoritmo pode ser atualizado e usado para testar programas escritos para computadores quânticos e eliminar ruídos e erros”, celebrou o pesquisador Dr. Gordey Lesovik, que dirige o laboratório de Física da Informação Quântica.