Quando era criança fui ensinado que se deveria respeitar as pessoas, que se deveria respeitar os mais velhos e, principalmente, respeitar os pais, e nos dias de hoje?
Na minha época, professor era respeitado, amado e admirado e hoje?
Na minha casa éramos seis filhos e, como se diz no popular, em “escadinha” e bastava um “olhar” da mãe pra gente saber que estava brava, com um simples olhar já nos dizia que era para ficar quieto e, aí de você, se não obedecesse. E nem por isso algum de nós cresceu com desvios de personalidade, traumatizados ou qualquer outra baboseira.
Todos estudaram, trabalharam, fizeram família e construíram suas vidas.
E hoje, o caçula dos filhos tem 54 anos, meu pai tem 93 e minha mãe 86 anos e pergunta se algum dos filhos larga os velhos? De jeito nenhum, estamos sempre por perto, em hipótese alguma ficam sozinhos, os adoramos e os enchemos de carinhos e cuidados. E sabe porque isso? Porque reconhecemos que nos fizeram gente. Reconhecemos que recebemos atenção, carinho, amor, educação, bons exemplos e limites. Crescemos sabendo nossos limites.
E hoje? As crianças sabem dos seus limites ou impõe suas vontades para pais inseguros e que acreditam que não se deve dizer não a uma criança?
As crianças querem limites, precisam disso. Chega de mimimi.
Criei meu filho com limites e ele sabia muito bem que devia respeito para mim e para a mãe.
Nunca hesitei em dizer não e nem de dar bronca se algo estava saindo do controle. Hoje, com 22 anos, é biólogo, trabalha e fala fluentemente duas línguas. Um filho que só me dá orgulho.
Foi criado sem mimimi, com limites e ouviu muitos nãos e, assim como eu, é gente. Respeita as pessoas, respeita os mais velhos, os pais e é incapaz de destruir uma planta, uma árvore ou fazer mal a algum animal. Foi criado com amor, carinho e limites e sabe o seu espaço.
Hoje vejo jovens depredando propriedades alheias, patrimônios público, desrespeitando os mais velhos, agredindo pais e mães, maltratando animais e fico triste mas, sei que, na maioria das vezes (tem exceção, é lógico) a culpa não é deles e sim daqueles que eram responsáveis por sua educação e falharam. Relutaram em dizer não, não impuseram limites e acharam “bonitinho” a criança tratar mal as pessoas, responder com grosseria aos mais velhos e não ter comportamento adequado na escola. Por qualquer motivo, faziam “manha” e os responsáveis (pais?) passavam a mão na cabeça e faziam suas vontades. O que a criança queria, conseguia.
E que jovens se tornaram? E que adultos vão se tornar?
Hoje vejo crianças se jogando no chão e berrando, batendo os pés no chão por querer alguma coisa e só param quando conseguem e o que é pior? Sempre conseguem e sabem disso.
Tem pais que ao invés de darem atenção e amor aos filhos ficam nas redes sociais e, depois, para compensar, fazem todos os gostos da criança.
É por isso que vemos tanta falta de educação nas ruas. Vemos violências, depredações, jovens se entregando para as drogas, jovens enveredando por caminhos errados e, porquê?
Porque não lhes foi dado amor, atenção e limites. Sempre fizeram o que queriam e pais despreparados não souberam dizer não.
É muito mimimi, muita frescura, muita liberdade para as crianças, aliás, uma liberdade que se tornou libertinagem.
Em criança não se pode dar uma palmada de correção, não pode dar um grito, não pode colocar de castigo, porque cada uma dessas coisas vai gerar adultos com problemas, estressados, psicologicamente abalados…ah, para com isso, para de frescura, para de mimimi e não fuja de sua responsabilidade e eduque seu filho e o prepare para a vida lá fora.
De amor, atenção e limites. Imponha sua condição de pai ou mãe e exija respeito.
Chega de mimimi…crianças tem que ter limites sim. Crianças tem que ouvir não, sim.
E a responsabilidade disso é dos pais e os maiores beneficiados são os filhos.
Chega de mimimi
maio 23, 2019Bruno FonsecaCrônicas e Contos do EscritorComentários desativados em Chega de mimimiLike
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