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segunda-feira 18 novembro 2024
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Cesta básica aumenta R$ 479 em um ano no Vale do Paraíba

A cesta básica no Vale do Paraíba ficou R$ 479,59 mais cara no período de um ano, comparando os meses de agosto de 2022 e 2021. Isso representa um aumento de 21,9%, segundo pesquisa do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-sociais) da Universidade de Taubaté, divulgada em setembro.

O percentual de alta da cesta básica é mais do que o dobro da inflação acumulada medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que foi de de 9,60% nos últimos 12 meses. Na comparação de agosto com o mês de julho, o preço da cesta básica apresentou uma leve redução de 0,23%. O valor da cesta passou de R$ 2.671,39 em julho para R$2.665,24 em agosto.

Campos do Jordão foi o único município que apresentou alta nos preços em agosto (0,14%), enquanto nos demais municípios foi observada queda nos preços, sendo a maior variação em São José dos Campos (0,47%).

Assim, Campos do Jordão teve em agosto a cesta mais cara R$ 2.685,62 e São José dos Campos a mais barata de R$ 2.646,96. A diferença no preço da cesta entre os dois municípios (Campos do Jordão e São José dos Campos) foi de 1,46%.

Auxílio Brasil x cesta básica

Em 12 capitais brasileiras, incluindo Brasília, a cesta básica custa mais do que valor do Auxílio Brasil. Isso significa que milhares de pessoas no país não estão conseguindo comprar sequer o mínimo para ter as calorias necessárias e se alimentar três vezes por dia, se dependerem apenas do benefício para sobreviver.

Segundo a pesquisa de preços da cesta básica nas capitais feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em agosto, a cesta básica na capital paulista, a mais cara do país, custava em média R$ 749,78 -R$ 149,78 a mais do que o valor do Auxílio Brasil.

No estado de São Paulo, 2.449.494 famílias recebem o benefício, sendo 1,7 milhão na capital.

A inflação dos alimentos continua em alta, e como o governo de Jair Bolsonaro (PL) acabou com estoque regulador e não estimulou a agricultura familiar, os preços ainda vão demorar a cair e a fome vai permanecer, inclusive entre quem recebe auxílio.

Estudo realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) revelou que, este ano, o Brasil atingiu a marca de 125 milhões de pessoas que não têm o que comer nas três refeições diárias necessárias, e 33,1 milhões passando fome todos os dias.

Muitas dessas pessoas vivem nas capitais e recebem o Auxílio Brasil que só aumentou de R$ 400 para R$ 600 às vésperas da eleição e apenas até dezembro deste ano, segundo decisão do presidente, candidato à reeleição.

As demais capitais onde o auxílio não paga uma cesta básica são: Porto Alegre (R$ 748,06); Florianópolis (R$ 746,21); Rio de Janeiro (R$ 717,82); Campo Grande (R$ 698,31); Vitória (R$ 697,39); Brasília (R$ 689,31); Curitiba (R$ 685,69); Goiânia (R$ 660,83); Belo Horizonte (R$ 638,19); Belém (R$ 634,85) e Fortaleza (R$ 626,98).

Em apenas cinco cidades o auxílio dá para comprara cesta básica: Recife (R$ 598,14), Natal (R$ 580,74), Salvador (R$ 576,93), João Pessoa (R$ 568,21) e Aracaju (R$ 539,57).