Eita, a festa profana chegando. Quatro ou cinco dias de bagunça, bebedeiras, sexo, exageros e, infelizmente, muita violência. Tem quem goste e quem não goste. Respeito ambos.
Mas, vamos combinar, carnaval é coisa boa sim senhor. É samba-enredo, escolas de samba, alegria, folia, samba no pé, fantasia, confetes e serpentina, matinê da criançada, sorvete, pipoca, marchinhas, ah, que saudades das marchinhas, Máscara Negra, de longe é a minha favorita, afinal, foi ouvindo essa marchinha, nos saudosos bailes de carnaval da Associação, que beijei pela primeira vez uma linda namorada que tive (acho melhor não colocar o nome, vai que é casada agora), loirinha, cabelos lisos e compridos, sorriso meigo, ah, que saudades. Eu tinha uns dezesseis ou dezessete anos e ela por aí também (oh, tempo bom).
Namoramos uns seis meses e terminamos, nem me lembro porque, e nunca mais a vi. Será que ainda se lembra de mim?
Bom, mas voltando ao carnaval…Eita mania que escritor tem de mudar de assunto, né?
Então, continuando, aí vem dias de folia, fantasia e felicidade. É uma pena que a falta de educação, falta de respeito com o próximo e principalmente a violência mancham essa festa popular que, a despeito dos gigantescos e ricos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e também de São Paulo, carnaval é festa do povão sim.
Oh, como é bom os desfiles dos blocos e, para aqueles que podem, é maravilhoso o desfile nas escolas de samba. Aqui, na minha querida Taubaté, eu desfilei, lá nos idos dos anos 80, uns cinco ou seis anos pela Mocidade Alegre (Vila das Graças), minha escola do coração (na verdade, coração dividido com “Os Boêmios da Estiva”). Era bom demais.
Não sei porque, torço para a Portela no Rio, talvez pelo azul e branco da escola que lembra Taubaté, sei lá, talvez seja.
Em São Paulo sou “Dragões da Real”, é claro. Mas, para ser democrático e ninguém dizer que sou clubista…torço também para a “Independente Tricolor”, sem clubismo, é claro.
Mas, enfim…Carnaval é tudo de bom, mas as pessoas precisam se respeitar mais e citando um dos ensinamentos de Jesus, não faça para os outros aquilo que não quer que façam para você. Meu Deus, é tão simples…se todos seguissem isso…
Tem gente que prefere as praias no carnaval, já fui algumas vezes, mas desisti por causa da violência (outra vez a violência) nas estradas. Tudo muito perigoso. Prefiro curtir aqui.
Ah, lembrei de algo muito importante…, por favor, carnaval não é sinônimo de sujeira, carnaval não significa sinal verde para jogar lixo na rua. Sejamos civilizados.
Já fui diversos anos acompanhar o carnaval lá na avenida do povo (agora só como torcida, minha fase passista se encerrou há muito tempo) e fiquei indignado de como as pessoas largam seus lixos na arquibancada. O que elas pensam? Que o lixo some sozinho?
E nas ruas? Como conseguem descartar seus lixos na rua? Aí vem a chuva, o lixo entope bueiros e canais e a água da chuva, que só quer passar, sem ter para onde ir invade residências, comércios, arrasta carros, motos e pessoas. Enfim, vamos brincar nosso carnaval com respeito, com alegria no coração e sem violência.
Peço licença à Dalva de Oliveira pra colocar aqui parte da letra de uma das músicas mais lindas que já ouvi.
“Tanto riso, óh, quanta alegria, mais de mil palhaços no salão. Arlequim está chorando pelo amor da colombina no meio da multidão.
Foi bom te ver outra vez está fazendo um ano, foi no carnaval que passou…, eu sou aquele Pierrot que te abraçou e te beijou meu amor. Na mesma Máscara negra que esconde teu rosto eu quero matar a saudade…vou beijar te agora não me leve a mal hoje é carnaval…”
Oh, que delícia, cinco dias de folia pela frente, mas sem violência e com paz no coração.
Carnaval 2020
fev 20, 2020RedaçãoCrônicas e Contos do EscritorComentários desativados em Carnaval 2020Like
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