Pelo segundo mês consecutivo, a poupança registra mais depósitos do que retiradas. Em junho, a diferença entre ingressos e saques deixou um saldo positivo de R$ 6 bilhões – o melhor resultado para o mês desde 2013, quando a caderneta captou R$ 9,4 bilhões.
Os saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também podem ter colaborado para o aumento de captação da poupança. Parte dos trabalhadores aproveitaram os recursos extras para fazer economia.
Com a queda da inflação, a rentabilidade da poupança se tornou mais interessante. A relação entre rendimentos e inflação é importante para definir se o investidor ganhou ou perdeu dinheiro com um produto financeiro. Se a inflação é mais alta que o retorno da poupança, por exemplo, houve perda e o investimento foi corroído.
Caso o ganho da poupança supere o indicador oficial de inflação, significa que houve ganho real. Nos últimos 11 anos, apenas em 2015 a caderneta perdeu para a inflação. Entre 2010 e 2016, no entanto, o custo de vida elevado tornou os rendimentos reais da poupança pequenos, na maioria das vezes, menor que 1% ao ano.
Rentabilidade da poupança
Neste ano, no entanto, a queda da inflação tem contribuído para o bom desempenho da rentabilidade e da captação da poupança. No acumulado de 12 meses até maio, por exemplo, a tradicional caderneta registrou ganho real de 4,3%. Esse é o melhor resultado para o período desde 2006.
Para junho ainda não é possível calcular o ganho real da poupança porque ainda não foi divulgada a inflação oficial do período. No entanto, o rendimento bruto do ano até o mês passado ficou em 3,5%; no acumulado de 12 meses, o ganho bruto é de 7,8%.