Foi primeira vez na história que carga superou marca de 100 mil MW; Ar condicionado já responde por 17,1% do consumo elétrico residencial e há quase 14 milhões de aparelhos nas casas brasileiras
O calor recorde em várias cidades brasileiras gerou um novo recorde na tarde desta terça-feira. O consumo de energia elétrica bateu nova marca histórica às 14h20 no horário de Brasília, quando a carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu 101.475 MW.
Os números mostram incremento de 16,8% na carga, se considerada a demanda atendida nos primeiros dias de novembro.
É o segundo dia seguido que o Brasil registra recorde no consumo de eletricidade.
Segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS)¸ o consumo de energia nesse momento é atendido principalmente pela geração hidráulica, com 59,2% da carga ou 59.897 MW. Em seguida, aparece a geração solar, com 19,6%.
A energia térmica respondeu por 11,4% e a eólica, com 9,3%. O ONS mostrava, ainda, que a importação era responsável por 0,5% da carga do sistema no pico do consumo da tarde.
Na última segunda-feira, 13, o ONS informou que o recorde de consumo foi resultado especialmente do calor. “A principal razão para este comportamento da carga é a significativa elevação de temperatura verificada em grande parte do Brasil”, cita o órgão em nota.
Um estudo da EPE, a Empresa de Pesquisa Energética, estima que o ar condicionado já responde por 17,1% do consumo elétrico residencial brasileiro. São quase 14 milhões de aparelhos em todo o país que, normalmente, ficam diariamente oito horas ligados nas residências e têm vida útil de 12 anos.
Ar-condicionado ou ventilador?
Os ventiladores consomem menos energia que os aparelhos de ar condicionado. Cabe ressaltar que os aparelhos de ar condicionado oferecem o conforto térmico e a estabilidade na climatização do ambiente, enquanto os ventiladores apenas circulam o ar, mas não refrigeram.
Ar-condicionado
Antes de comprar, calcule o efeito na economia de energia, pela etiqueta do Inmetro que está colada no equipamento, informando o consumo anual de energia por ano, em kilowatt-hora (kWh/ano).
Para saber o consumo, multiplique a energia consumida pelo aparelho em kWh pela tarifa de energia praticada na sua região. Por exemplo: a tarifa residencial no valor de R$ 0,754 por kWh. Assim, se o ar-condicionado consome, por exemplo, 600 kWh por ano, o gasto anual será 600 x 0,754, que resultará em R$ 452,4 por ano.
Na dúvida entre dois modelos, compare o consumo de ambos e dê preferência ao que consome menos energia. Eventualmente, se esse produto for um pouco mais caro, pode ser que a diferença de preço se pague ao longo dos meses pela economia na conta de luz.
Evite o abre e fecha de portas dos ambientes refrigerados e só deixe o aparelho ligado enquanto você estiver no ambiente.
Feche as janelas e isole bem o ambiente para que o ar frio não escape.
Cortinas e toldos diminuem a incidência do calor do sol no ambiente, o que também contribui para o isolamento térmico.
Ventilador
No chão, no teto ou na parede são sempre uma opção mais em conta para refrescar os ambientes.
Observe a quantidade de vento que o ventilador é capaz de produzir. Na etiqueta do Inmetro, você é informado quanto à vazão do ventilador. Assim, se dois modelos consomem a mesma quantidade de energia, opte por aquele de maior vazão, porque certamente será capaz de ventilar mais do que o outro.
O índice de eficiência energética constante na etiqueta traz essa relação entre vazão (quantidade de vento) e energia consumida: assim, opte pelos produtos de maior eficiência.
Seja qual for o modelo do ventilador, é importante fazer a limpeza e manutenção para facilitar a circulação do ar.
Os parafusos devem estar sempre firmes, as hélices balanceadas e, no caso do modelo de teto, verifique se a lâmpada é a indicada pelo fabricante.
Dimensione adequadamente o aparelho para o tamanho do ambiente e só deixe ligado enquanto você estiver no espaço.