Pelo andar da carruagem, em 2019 o Brasil deve autorizar um número de registros de substâncias agrotóxicas maior do que o ano passado. Só nos 66 primeiros dias do ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já liberou 86 novos registros dessas substâncias. Ou seja, uma média de 1,3 produto por dia. A média diária de 2018 foi 1,2.
Para o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS), é indispensável que haja melhor controle para o registro de novas substâncias agrotóxicas. “É algo que merece total atenção, em que o principal interesse seja a saúde das pessoas e também os impactos que o uso desenfreado dessas substâncias causa ao meio ambiente. Por isso, é necessário que se avalie com muito rigor quais são os limites de segurança desses produtos e o verdadeiro risco que oferecem”, diz Puorto.
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, análises laboratoriais da presença de substâncias tóxicas em alimentos mostram que são possíveis encontrar até 15 princípios ativos de agrotóxicos por amostra. Isso obrigada a população a ficar atenta aos riscos da ingestão de alimentos contaminados e a tomar todos os cuidados necessários para consumi-los com maior segurança. Abaixo, o Biólogo do CRBio-01 dá algumas dicas de como garantir uma boa higienização dos alimentos:
– No caso de vegetais como alface, escarola e agrião, por exemplo, lave folha por folha, criteriosamente;
– Para vegetais como pimentão, abobrinha e maçã, por exemplo, lave a casca preferencialmente com a ajuda de uma bucha ou escova usada apenas para esse fim;
– Coloque os alimentos de molho em água clorada (tem um produto à base de hipoclorito de sódio, à venda em supermercados), por até 30 minutos; Após esse tempo, volte a lavar os alimentos em água corrente para eliminar resíduos flutuantes;
– Se não for consumi-los imediatamente, seque os alimentos, coloque em sacos plásticos apropriados e os guarde na geladeira.