Trabalho do ministro Fernando Haddad é avaliado como positivo por 41%, enquanto 24% consideram negativo
A avaliação negativa do mercado financeiro sobre o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou em dezembro ao pico de 90%, segundo dados da pesquisa Genial/Quaest, publicados nesta quarta-feira, 4.
O patamar foi registrado pela primeira vez no primeiro inquérito da consultoria, realizado em março de 2023, ainda no início do governo Lula 3.
De acordo com a pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 4, apenas 3% dos agentes econômicos veem com bons olhos a gestão do petista. Outros 7% dão o veredito de que a atuação do mandatário é regular.
Apesar disso, a avaliação do mercado sobre o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em específico, é mais positiva do que negativa.
O melhor momento do governo na série Quaest/Genial foi em julho de 2023, época em que o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária caminhavam para aprovação no Congresso. O projeto, cujo objetivo é simplificar a cara do sistema tributário do país, é visto como um potencial impulsionador da economia brasileira.
Porém, desde então, com a deterioração das contas públicas, a percepção foi piorando.
No final de novembro, um aguardado conjunto de medidas de contenção de gastos foi anunciado pelo governo. A economia prevista pelo Executivo é de mais de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026.
O pacote fiscal, contudo, foi mal recebido pelo mercado. A avaliação é de que, além as medidas de serem insuficientes, o anúncio delas em paralelo à isenção do Imposto de Renda (IR) para contribuintes que ganhem até R$ 5 mil foi um erro por parte do governo.
A pesquisa ouviu economistas de 105 fundos de investimento em São Paulo e no Rio de Janeiro, entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro.
Como é uma consulta em público específico, população finita sem cálculo de amostragem, o levantamento não tem margem de erro estimada, nem índice de confiabilidade. Indicadores assim só são produzidos quando se tem uma amostragem pre-definida, o que não acontece este caso.