O bullying nas escolas foi tema de audiência realizada pela Câmara de Taubaté quarta-feira, dia 29 de novembro. Presidido pelo vereador Boanerge (PTB), o debate contou com representantes de escolas públicas e particulares.
Representando a Secretaria de Educação, a coordenadora de ensino Márcia Eliza dos Santos explicou que o bullying se caracteriza por agressões intencionais – verbais e físicas – feitas de maneira repetitiva, que todo bullying é um conflito, e que os professores devem ficar atentos a esses casos.
Em parceria com o Nape (Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado), a Secretaria busca mediar esses conflitos e lidar com a situação na rede municipal por meio do diálogo. “Muitas vezes o agressor é vítima de vulnerabilidade, violência doméstica, contextos sociais desfavoráveis.”
A psicóloga Marly Nogueira dos Santos, do Nape, disse que a maneira que os pais educam os filhos influencia na forma com que eles se comportam no ambiente escolar. “A criança que não aprende regras em casa não irá exercê-las na escola.”
Representante da Apeoesp (Sindicato dos Professores e Ensino Oficial do Estado de São Paulo), o professor Fernando Borges argumentou que educadores têm um grande déficit na formação, e isso traz dificuldades para que eles intervenham em situações de bullying. Para ele, é preciso entender que o bullying não se restringe aos alunos, pois muitos professores também o praticam. Ele sugeriu aumento da equipe do Nape para atender essas ocorrências.
Vice-diretora do colégio Idesa, Telma Magalhães disse que a escola é o espelho da sociedade e sugeriu que os agressores sejam punidos de maneira correta e que a discussão seja sempre levada para as salas de aula. Telma lembrou dos vários casos de cyberbullying.”O bullying sempre existiu, não é uma coisa nova, mas não tínhamos, e não temos, conhecimento necessário para lidar com isso todos os dias.”
A conselheira Jaqueline Braga disse que poucas denúncias chegam ao conhecimento do Conselho Tutelar de Taubaté, pelo fato de as pessoas terem medo de denunciar.
Ela argumentou que, enquanto algumas vítimas conseguem lidar com esses casos, outras chegam à depressão.
A professora Suzana Lopes Salgado, representando a Universidade de Taubaté, reforçou a necessidade da formação de professores. Ela disse que o bullying entra na escola por meio de dois fatores, preconceito e discriminação, e lembrou que discriminação é crime. Para ela, é preciso que haja desnaturalização das causas que levam ao bullying e não tratá-las como algo natural.
O instrutor Alessandro Freitas, da Guarda Civil Municipal, explicou como é feito o programa Guardião Azul. Os instrutores da GCM, em parceria com as Secretarias de Educação e de Segurança Pública Municipal, visitam escolas para dar palestras a alunos do 4º ao 6º ano do ensino fundamental para debater as questões de bullying. As escolas Guido Miné, no Cecap, e Marta Miranda, no Novo Horizonte, receberam as palestras.
Participaram da audiência os vereadores Loreny e Noilton Ramos, do PPS, e Vivi da Rádio (PSC). Para assistir à íntegra da audiência acesse o canal da TV Câmara Taubaté no Youtube, http://youtu.be/PqaJu5cHDSI.
Audiência na Câmara debate formas de combate ao bullying
dez 02, 2017WebmasterTaubatéComentários desativados em Audiência na Câmara debate formas de combate ao bullyingLike
Previous PostSesc Taubaté promove Semana Inclusiva
Next PostVendas de Natal devem crescer 5% na região