Foram 129,9 mil registros em março deste ano; no mesmo período de 2023 houve 79,5 mil atendimentos, diz Ministério da Justiça
Durante o mês da mulher, a Operação Átria, promovida pelo MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) para combater a violência de gênero, resultou em um aumento de 63% nos atendimentos às vítimas, em relação ao ano anterior. Em março de 2024, foram 129,9 mil casos, contra 79,5 mil no mesmo período de 2023.
As diligências abrangeram 1.765 municípios, resultando em 10,4 mil prisões e 179 apreensões de menores infratores. O número de medidas protetivas de urgência solicitadas também teve aumento. Foram 68 mil solicitações contra 37,9 mil em 2023. Foram apuradas 30,8 mil denúncias, contra 17,4 mil no ano anterior.
O diretor de Operações Integradas e de Inteligência do MJSP, Rodney Silva, afirma que a integração entre as forças de segurança pública foi fundamental para o sucesso da operação. Ele destacou a importância das ações educativas, que alcançaram comunidades rurais, ribeirinhas e indígenas.
Para viabilizar as ações em diversas cidades, o governo investiu R$ 1,6 milhão no pagamento de diárias aos agentes envolvidos na operação.
A Operação Átria atua em três frentes: punitiva, de inteligência e educativa. São realizadas atividades educativas, como palestras e cursos, visando à prevenção de novos crimes. No total, foram realizadas 17,5 mil ações educativas, alcançando 7,2 milhões de pessoas.
Os principais crimes investigados incluem feminicídio, lesão corporal e descumprimento de medidas protetivas. A operação é coordenada pelo MInistério da Justiça, com o apoio de diversos órgãos e instituições em todo o país.
A Operação Átria recebeu esse nome em alusão à estrela principal da constelação “Triângulo Austral” e busca reposicionar as mulheres agredidas, retirando-as da condição de vítimas.
Para denúncias de violência contra a mulher, estão disponíveis os seguintes canais: Disque 180 (gratuito e disponível 24 horas por dia), números 197 (Polícia Civil) e 190 (Polícia Militar).
