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quinta-feira 14 novembro 2024
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Assuntos diversos

• Raul Teixeira – Niterói/Rio de Janeiro
Poderíamos ou não dizer que é radicalismo pedir que os trabalhadores espíritas deixem por completo o fumo e a bebida para participar das atividades da casa, principalmente da mediunidade?
Raul – Pedir nunca foi nem será radicalismo. As atividades desenvolvidas pelo verdadeiro Centro Espírita, em tese, visam ao atendimento da pessoa humana que lhe chega portando problemas de diversas ordens. É difícil entender que alguém consiga atender aos outros, orientando, instruindo, socorrendo, sem aplicar tais lições a si mesmo. Entretanto, ninguém poderá impor a algum indivíduo que deixe qualquer vício que ainda não tenha querido ou podido deixar. Do mesmo modo, nenhum dirigente estará obrigado a admiti-lo nas tarefas do Centro que exijam tal higiene.
Em casos assim, será de bom alvitre mostrar aos companheiros que querem servir, ajudando nos vários serviços espirituais, os prejuízos que causam a si mesmos, a partir do estudo sério da Doutrina Espírita, incentivando-os de muitos modos ao abandono dos maus hábitos, que não se limitam ao fumo e ao álcool.
O que você entende pela frase de Jesus: “Na casa do meu pai há muitas moradas”?
Raul – Para o pensamento espírita, isso corresponde à afirmação de que o planeta Terra não é o único habitado nessa imensidão sideral. Hoje em dia, é a própria astronomia que vem buscando indícios de vida em outros mundos, em vista dos materiais recolhidos no espaço, pelos satélites construídos para esse fim, e examinados nos institutos mais respeitáveis da pesquisa humana.
Por outro lado, se entendermos moradas como o locus onde se situa a mente de cada indivíduo, em função do seu grau de evolução, poderemos dizer que por moradas também, se pode conceber as regiões espiritais formadas pelo conjunto dos psiquismos que vibram numa mesma faixa de sintonia, seja positiva, seja negativa.
Os Evangelhos informam que Jesus fez inúmeras curas utilizando somente as mãos. Como pôde fazer tais prodígios? Somente Jesus podia curar com a imposição das mãos?
Raul – Não apenas Jesus podia fazê-lo. Quando lemos no Evangelho segundo João, no capítulo 10, versículo 34, encontramos a seguinte informação do Mestre: Vós sois deuses…
A ação de curar com as mãos, promovida por Jesus, retratava o nível dos Seus conhecimentos, da Sua capacidade ampla e do estágio luminoso da Sua evolução.
Jesus realizava os prodígios das curas com as mãos, porque sabia do poder que têm as extremidades de emitir energias, muita mais se essas energias são impulsionadas pela mente que, como poderoso dínamo, conduz os fluidos à inabordáveis distâncias, sem errar o alvo e com grande poder de penetração.
Atualmente conhecemos essas práticas nos meios espíritas com o nome de fluidoterapia, através de cuja atuação se consegue obter equilíbrio na esfera mental e no campo da saúde física.
Sendo a fluidoterapia uma prática anterior ao próprio Cristo, utilizada pelos sacerdotes egípcios das velhíssimas épocas, é identificada, no mundo contemporâneo, pelas áreas da ciência oficial que lhe dedicam estudos, como bioenergética, e os fluidos que são emitidos promovendo a melhoria geral dos indivíduos, como bioenergia.
Todos podem exercitar-se na prática de liberar essa bioenergia, tornando-se enobrecidos instrumentos da saúde, das curas, servindo aos interesses do Mestre Jesus, desde que se resolvam por adotar um estilo de vida equilibrado e limpo, num esforço por dominar inclinações desajustadas da personalidade, mantendo sincera busca de integração com as forças do bem, conscientes de que, como deuses, ou seja, como espíritos em marcha para Deus, conduzem as marcas desse mesmo Deus nas capacidades que lhes exornam o íntimo.
NOTA: estas, entre outras importantes questões, são abordadas na obra Ante o Vigor do Espiritismo.