Em vários momentos da televisão brasileira, políticos se digladiaram e perderam o decoro. O Maluf está em várias delas!
10. Paulo Maluf x Marta Suplicy
Debate municipal de São Paulo, 2000: Na ocasião, Paulo Maluf (PPB) afrontou a candidata Marta Suplicy (PT), acusando-a de improbidade administrativa e de incapacidade de governar. Também levantou casos na justiça da candidata e apontou de forma ofensiva o fato da mulher “ser petista”. No final de sua fala, Maluf mandou que Marta ficasse “quietinha”, gerando revolta na candidata, que grita: “Cala a boca, Maluf!”, recebendo a resposta nervosa “cala a boca você!”. Os ânimos no estúdio ficaram exaltados e começou uma gritaria.
9. Paulo Maluf x Mário Covas
Debate estadual de SP, 1998: Em segundo lugar no segundo turno para governador, Mario Covas (PSDB) começa com um tom acusativo contra Paulo Maluf (PPB), levantando sua participação no regime militar e sua ausência nas Diretas Já! Com isso, ele declara que o eleitor deve analisar o passado e fazer uma avaliação moral dos candidatos. Falou também que na área social, seu legado no estado ganha “de lavada” do Maluf. Acusou também Maluf de corrupto, citando ACM Neto, declarando que o candidato “lava dinheiro” e tem “12 quilos de prova” contra o processo de Maluf a ACM. Maluf fica bravo e aumenta o tom contra Covas.
8. Aécio Neves x Luciana Genro
Debate presidencial, 2014: Luciana Genro (PSOL), em resposta, cita o debate de Aécio (PSDB) com Pastor Everaldo e relembra diversos casos de corrupção de governos do PSDB. “O senhor falando do PT é a mesma coisa do sujo falando do mal lavado”. Com tom irônico, Aécio Neves fala que “relembra as origens” de Luciana, que estaria “agindo como linha auxiliar do PT”.
Luciana responde: “Com todo respeito, mas linha auxiliar do PT uma ova, candidato Aécio, porque o PT aprendeu com o senhor, aprendeu com o seu partido!”. No mesmo ano, Aécio volta a discutir com Luciana com um tom muito mais agressivo, apontando e acusando a candidata psolista. Luciana então gritou com Aécio: “Aécio, não levante o dedo para mim! Quem não tem conexão com a realidade é você. Você que anda de jatinho, que ganha um alto salário e não conhece a realidade do povo”.
7. Franco Montoro x Jânio Quadros
Debate estadual de SP, 1982: Na situação, Franco Montoro (PMDB) levanta uma citação de Clemente Mariani, antigo ministro da fazenda de quando Jânio era presidente, em que se fala que a renúnica de 1961 “saiu mais cara que a construção de Brasília”, acusando o ex-presidente de ter sido corrupto. Em sua resposta, Jânio questiona a origem da citação e Montoro pega um livro, apontando as memórias de Carlos Lacerda. Não mais bravo, Jânio responde ironicamente: “está dispensado da citação”, e completa dizendo que “o senhor acaba de querer citar as Escrituras valendo-se de Asmodeu ou de Satanás”. Os candidatos começam a gritar entre si, trocando acusações. “O tempo é meu e o senhor tenha o obséquio de não me mandar calar a boca”, fala Jânio.
6. Fernando Collor e Renan Calheiros x Pedro Simon
Senado, 2009: o bate-boca ocorreu entre Pedro Simon (PMDB) e o ex-presdente Fernando Collor (PTB) após Simon exigir novamente a renúncia de José Sarney (PMDB) da presidência do Senado. Em defesa de Sarney, Renan Calheiros (PMDB) saiu em defesa de Sarney, acusando Simon de inveja de Sarney pela eleição dele como vice-presidente de Tancredo em 1985. “Você está inventando agora, é mentira!” rebate Simon. Depois do debate entre Simon e Calheiros, Collor toma a palavra e se dirige a Simon: “As palavras que o senhor pronunciou […] eu quero que o senhor as engula e as digira como julgar conveniente”, num tom claramente nervoso, defendendo a indolidade de suas relações com Calheiros. “Deblaterando como deblatera, parlapatão que é”, acusa Collor.
5. Heráclito Fortes x Eduardo Suplicy
Senado, 2009: Após Suplicy (PT) apontar um cartão vermelho a José Sarney (PMDB) em pleno Senado, o senador Heráclito Fortes (DEM) sai em defesa de Sarney, acusando Suplicy: “o discurso de hoje peca por um aspecto: ele não é sincero”. Suplicy responde dizendo que “o senador sabe que eu falei a verdade. A mim, ética é muito importante”. Inicia-se um bate-boca entre os senadores. Para provocar, Heráclito declara que sabia que Suplicy mentia pois estava nervoso e declarou, debochado: “Zezinho, um suco de maracujá para o senador, urgente”. Heráclito também falou que Suplicy brincava de juiz apontando cartões vermelhos. Como resposta, Suplicy rebate a ironia: “Se Vossa Excelência quer distorcer o fato, eu lhe apresento o cartão vermelho”.
4. Ronaldo Caiado x Leonel Brizola
Debate presidencial, 1989: Começando com a palavra, Leonel Brizola (PDT) fala que “imaginar a UDR na presidência é uma piada”, falando da corrupção da direita na República de 46 e na Ditadura: “esse país foi em grande parte loteado para os grandes industriais e os grandes capitalistas”. Caiado (PSD) saiu em defesa da UDR e da classe produtora. “O povo está cansado de politiqueiros”, declara Caiado, além de acusar Brizola, que teria aplicado “toda sua verba no Uruguai”, não sendo um produtor rural nacionalista de verdade.
Brizola lembra que Caiado estudou na Europa e Caiado responde que “graças a deus”. Brizola começa a se sobrepor: “beneficiado da Ditadura!”. No bloco seguinte, Brizola pede direito de resposta para explicar a questão de suas terras no Uruguai, falando “da gente extraordinária desse país”, se referindo aos produtores rurais.
3. Eneias Carneiro x Fernando Collor
Debate municipal de São Paulo, 2000: Fernando Collor (PRDB) tem direito de fazer uma pergunta a Enéias Carneiro (PRONA). “Fale qualquer coisa aí”, declara Collor, relutante com Enéias. “Ótimo. Já que vossa excelência ex-presidente da República nada tem a dizer, eu tenho muito” responde o candidato do PRONA, que começa uma fala acusatva contra Collor e questionando suas capacidades: “Eu tenho tristeza em pensar que o senhor presidiu esse país”. Quando Collor pode responder, somente fala: “pode continuar”, olhando com cara de relutância. Enéias então reapresenta sua proposta de governo.
2. Zeca Dirceu x Paulo Guedes
Comissão de Constituição e Justiça, 2019: Em plena discussão sobre a proposta do governo Bolsonaro para a Reforma da Previdência, o ministro da Fazenda Paulo Guedes coordenava a discussão quando o deputado Zeca Dirceu (PT) questiona a proposta de Guedes: “O senhor é tigrão quando é com os aposentados, com os idosos, com os portadores de necessidades. O senhor é tigrão quando é com os agricultores, os professores. Mas é tchutchuca quando mexe com a turma mais privilegiada do nosso país”. O Ministro perde a linha e fica extremamente nervoso: “Tchutchuca é a mãe, é a vó”, grita ele a Dirceu.
1. Leonel Brizola x Paulo Maluf
Debate presidencial, 1989: Maluf (PPB) começa com a palavra e parte para a acusçãoa Brizola (PDT). “Desequilibrado! O senhor passou 15 anos no estrangeiro e não aprendeu nada!” começa Maluf. “E pior, não esqueceu nada”, acusando Brizola de ser o mesmo esquerdista de 1960. A plateia começa a rir e aplaudir, deixando Brizola muito nervoso. “Malufistas!” grita Brizola à plateia. “Filhotes da Ditadura” acusa o pedetista, lembrando que “todos engordaram durante a Ditadura”, acusando Maluf de ser um antidemocrata tentando manter seu poder. A mediadora Maria Gabriela tentava manter a ordem.