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segunda-feira 23 dezembro 2024
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Árvore rara é descoberta em área da Fibria no Vale

Recentemente foi descoberta uma nova espécie de árvore localizada em uma área da Fibria, na Fazenda São Sebastião do Ribeirão Grande, em Pindamonhangaba, nas florestas de altitude da Serra da Mantiqueira. Pertencente à família Lauraceae (popularmente conhecida como canela), a nova espécie recebeu o nome de Ocotea mantiqueirae e foi descoberta pelos pesquisadores João Batista Baitello, Frederico Alexandre Roccia Dal Pozzo Arzolla e Francisco Eduardo Silva Pinto Vilela, do Instituto Florestal de São Paulo. As pesquisas tiveram início em 2005 e foram publicadas recentemente.
Segundo os autores, essa nova espécie pode ser considerada Em perigo (EN), de acordo com os critérios das listas de espécies ameaçadas de extinção de São Paulo, Brasil e IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), tais como: distribuição geográfica restrita no estado de São Paulo, ocorrência desconhecida em Unidades de Conservação, ocorrência exclusiva em um tipo de formação vegetal (Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana) e tamanho de população inferior a 250 indivíduos maduros. Além disso, por não ser observada ainda em outras localidades, considera-se a vulnerabilidade da espécie que pode estar exposta a acontecimentos passíveis de afetarem o local da sua população e a sua conservação.
Para a Fibria, o descobrimento de uma espécie rara em sua área evidencia o manejo responsável realizado pela empresa, que tem contribuído para a conservação da biodiversidade e o equilíbrio do meio ambiente na região do Vale do Paraíba. “Esta nova espécie foi descoberta em uma Área de Alto Valor de Conservação (AAVC), ou seja, com algum valor ecológico, biológico ou social notavelmente significativo que pode ser de extrema importância para a conservação ambiental do Planeta”, diz o coordenador de Meio Ambiente Florestal da Fibria, Rafael Baroni.
No interior de São Paulo, somando as áreas florestais da Fibria nas regiões do Vale do Paraíba e Capão Bonito, foram mapeadas 15 Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC). A região da fazenda onde a nova espécie de árvore foi encontrada é a única do Vale do Paraíba classificada como “área com concentração significativa de espécies ameaçadas, raras e endêmicas em zona prioritária para conservação”.