Fala a verdade, mas tem cada cheirinho bom, né? Cheirinho de roça (tem quem não goste), cheirinho do bacon e esse eu gosto mais de sentir o cheiro do que comer o danado.
E do ovo frito? Ah, não tem igual e fico pasmo de imaginar que alguém consegue não gostar do ovo frito. Para comer é sensacional. E se for no pão? Ah, tá de sacanagem, é bom demais! Irresistível!
Apesar que ovo, eu gosto de qualquer jeito, seja ele frito, cozido, mexido, omelete, farofa…, mas o que tem o melhor cheirinho é o frito ou a omelete com muita cebola…ahhhh.
E o cheirinho da linguiça frita? hummmm.
E aquele pão com a linguiça da feira ou daquelas barraquinhas de festa? Eita tentação!
Mas, tem também o cheirinho caipira que vem da pamonha, ôôô coisa boa, do suco de milho, do curau…
E tem aquele petisco caipira que é muito bom mas que, infelizmente, poucos gostam, o iça. Sei que muitos vão torcer o nariz mas, ah fala sério…é muito gostosa a danada da formiga e o cheiro quando fritinha com bacon e cebola, ai meu Deus!
E para completar o cheirinho que lembra a roça vem aquele que, talvez, seja o melhor de todos…o danado do cheirinho do café que acabou de ser passado. Simplesmente imbatível e difícil de encontrar alguém que resista.
Mas, agora vamos deixar a roça e seguir para a cidade e lembrar do tradicional cheirinho de pizza que só de pensar da água na boca. E se for a portuguesa então, aí não dá mesmo pra resistir e poucos não gostam.
Mas agora pra sacanear de vez e caso esteja com fome vai se desesperar ao lembrar do cheirinho do lanche feito em…em…em…carrinho de lanche, é claro. E agradeço a Deus que em Taubaté tem um carrinho de lanche em cada esquina. Deve ser a cidade com maior número de carrinhos de lanche por habitante. E cada um melhor do que o outro. É lógico que todo mundo tem a sua preferência por esse ou aquele carrinho, claro mas, de um modo geral da vontade de parar ao lado de cada um deles e ficar só sentindo o cheirinho do safado do lanche que te provoca, assanha e te faz esquecer a dieta.
E tem muitos outros cheiros que inebriam nossa memória como o do feijão recém cozido, da pipoca, da paçoca (meu filho odeia, dá pra acreditar?), cebola frita, alho frito, do camarão frito, eita meu Deus, cheirinho que alucina e como eu gosto dessa iguaria e já estou até com fome. Aquela porção de camarão frito a beira-mar, com aquele cheirinho característico, hummm…
E saindo da gastronomia, vem outra diversidade de cheiros bons como, por exemplo, o cheiro de mar ou como eu dizia quando criança, cheirinho de Ubatuba. Naquela doce e saudosa época, cheirinho de mar para mim era sinônimo de Ubatuba e vice versa.
Tem o perfume de casa limpa, cheirinho de mato, terra molhada, de carro novo (uau!!) e por aí vai…Mas, para mim, que sou escritor, o melhor dos cheiros é, sem dúvida alguma, o do livro novo. Como é bom abrir um livro novinho com o cheirinho característico e você tem um mundo naquelas páginas e sabe que pode se preparar para a viagem, para o mergulho naquele universo de letras.
Ler é um prazer indescritível e lamento que, infelizmente, muitos não podem usufruir desse prazer por conta do triste analfabetismo.
E pior ainda são aqueles que não leem um livro apenas porque tem “preguiça”.
Dá para imaginar Isso? Dá para acreditar nisso?
Abrir mão de um dos prazeres da vida por causa da preguiça?
Nem pensar…
Aquele cheirinho
jan 24, 2019Bruno FonsecaCrônicas e Contos do EscritorComentários desativados em Aquele cheirinhoLike