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segunda-feira 23 dezembro 2024
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Após interrupção e protestos, privatização da Sabesp é aprovada na Alesp

O projeto de lei, de autoria do governador Tarcísio de Freitas, recebeu 62 a favor e um contrário nesta quarta-feira, 6

Após interrupção da votação e protestos, a privatização da Sabesp foi aprovada, nesta quarta-feira, 6, na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). O texto recebeu 62 votos a favor e um contrário.

O projeto de lei, de autoria do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), prevê a desestatização da empresa de água e saneamento, a maior do setor no Brasil, por meio da venda de parte das ações que o estado detém da companhia.

A sessão foi paralisada por 1h30 após confronto entre manifestantes contrários a privatização e policiais militares.
Os parlamentares que compõe a base de Tarcísio – Partido Liberal, Podemos, PP, Solidariedade, Novo, PSDB e PSD – votaram a favor da privatização empresa.

Enquanto os deputados do PT, PSOL, Rede e PSB foram contrários ao projeto de lei, porém não estavam presentes no momento da votação.

Interrupção da votação

A Casa iniciou os trabalhos às 17h30, com os encaminhamentos das bancadas sobre a votação.
Entre cada pronunciamento, os manifestantes que assistiam à sessão nas galerias gritaram palavras de ordem, como: “O povo é contra a privatização” e “Plebiscito agora, plebiscito já”.

O grupo era formado por grupos de esquerda, membros do partido Unidade Popular e funcionários da Sabesp.
Depois de uma hora, o público tentou quebrar o vidro que separa a galeria do plenário, por isso o presidente da Casa, André do Prado (PL), solicitou o reforço da segurança.

Os policiais militares desferiram golpes de cassete contra os manifestantes, além de usarem spray de pimenta. A sessão foi interrompida por volta das 18h30, e pelo menos uma mulher ficou ferida, segundo imagens da Record.

A líder do partido UP (Unidade Popular), Vivian Mendes, também foi detida pelos agentes durante o tumulto. Questionada sobre o número de presos e feridos, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) não retornou até a publicação desta reportagem.