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quinta-feira 28 novembro 2024
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Após 20 anos no PV Padre Afonso se filia ao Podemos nesta quinta-feira, 31, visando pré-candidatura à Câmara Federal

Após 20 anos filiado ao Partido Verde, pelo qual se elegeu para quatro mandatos na Assembleia Legislativa paulista, o ex-deputado estadual Padre Afonso Lobato oficializa nesta quinta-feira, 31, sua filiação ao Podemos, visando sua pré-candidatura a deputado federal nas eleições de outubro desse ano. O ato político acontece a partir das 19h, na sede do Sindicato Rural de Taubaté, devendo contar com a presença de lideranças políticas regionais e representantes da cúpula do partido.

Segundo Padre Afonso, a saída do Partido Verde tem como uma das motivações a dificuldade na formação de uma chapa competitiva de candidatos, o que poderia deixa-lo mais uma vez fora de uma possível eleição ao cargo, como ocorreu em 2018, quando, apesar de ter recebido quase 60 mil votos, acabou na segunda suplência do PV na Assembleia Legislativa, pois o partido não atingiu o quociente necessário para garantir sua eleição.

“Eu continuo com os ideais do Partido Verde, mesmo porque entendo que a defesa do meio ambiente não é exclusiva de um partido, mas deve ser a luta de todo cidadão, ou seja, preservar e cuidar do Planeta”, diz Padre Afonso.

Ele ressalta que “não foram os ideais do PV” que motivaram sua saída, mas a dificuldade do partido em montar uma chapa que reduz as chances do partido eleger deputados.

“Todas as questões ambientais continuam fazendo parte da minha pauta, porque eu vivo nesse Planeta e tenho que cuidar dele, cuidar da “casa comum”, como fala o Papa Francisco”.

Radicalismo e polarização – Outra razão da sua saída seria a polarização e o radicalismo observados em relação às duas principais correntes políticas do país, à esquerda ou à direita. “Meu eleitorado é formado por pessoas das mais diferentes correntes ideológicas”, diz Padre Afonso. Por isso, a escolha em se filiar ao Podemos, apesar do convite de inúmeros outros partidos foi, segundo ele, uma forma de se sentir mais livre e de evitar essa polarização.

“Sinto-me mais à vontade sem esse discurso radical, porque não me pauto pelo radicalismo, mas pelos princípios que sempre orientaram minha vida, inclusive como sacerdote e como político. Vou levar minhas propostas e mostrar como poderei ajudar a minha região caso seja eleito, mas não vou entrar nessa guerra louca da polarização”, afirma.