Montadora pretende fazer 500 demissões por mês
A General Motors vai realizar um corte de US$ 2 bilhões em suas despesas mundiais, nos próximos dois anos. O anúncio foi feito pelo diretor de pessoal da montadora, Arden Hoffman, em carta enviada na última terça-feira, 28, a funcionários. Os planos da GM foram recebidos com preocupação pelo Sindicato.
Embora inicialmente a direção da empresa não tenha falado em demissões, momentos depois da divulgação da carta veio o anúncio interno do corte de 500 postos de trabalho por mês. Segundo o jornal norte-americano Detroit News, a medida não afetará trabalhadores das fábricas de montagem.
No Brasil, qualquer corte seria injustificável. As vendas da empresa já começaram o ano em alta. Em janeiro, houve um crescimento de 66% nas vendas da marca, em relação ao mesmo período de 2022. Na planta de São José dos Campos, a produção está a todo vapor, com 280 carros fabricados por dia.
O Sindicato já enviou uma notificação em caráter de urgência para a diretoria da GM em São José dos Campos, solicitando o agendamento de reunião para colocar o assunto em discussão.
“Acreditamos que é fundamental que a empresa apresente informações claras e transparentes sobre suas intenções em relação aos trabalhadores e à unidade em nossa cidade”, diz um trecho da notificação.
No ano passado, a GM mundial teve um lucro de 10 bilhões de dólares, conseguidos pelo esforço de 86 mil trabalhadores assalariados (administrativos, engenheiros e comercial) e cerca de 81 mil funcionários de fábrica em todo o mundo.
“Aqui não existe espaço para demissão, mas para contratação. Os trabalhadores estão dando duro diariamente. Não aceitaremos nenhum trabalhador a menos. Nossa exigência é de estabilidade no emprego para todos”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano.
