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sábado 30 novembro 2024
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Apertar o cinto

Depois de 10 dias de consumo restrito, trazido pela manifestação dos caminhoneiros, voltamos, aos poucos, aos postos de gasolina, supermercados e ao comércio em geral. Sem sofreguidão.
O certo é consumir menos. Ninguém consome tanto como os americanos e os brasileiros. Estes por influência daqueles. Nos outros países, ninguém consome tanto. Roupa, ninguém compra sempre. Sair para beber ou para almoçar fora, também não. Quem faz isto nos países deles é o turista, e a gente fica pensando que os ingleses não saem dos pubs, os franceses dos cafés… Ilusão. Eles têm uma noção adquirida em tempos de guerra, e gastam bem menos.
Aqui mesmo, nos anos 50, 60, era difícil sair para almoçar em restaurantes, ir a barzinhos (eles nem existiam), comprar roupas. Os almoços de domingo eram em casas de parentes, que se revezavem nos fins de semana, carro- cada família tinha, no máximo, um carro. Televisão em casa, era uma só,. na sala. Hoje, existem pelo menos três.
Com o custo de vida alto, os salários baixos, o desemprego, a incerteza, o certo é fazer o caminho de volta e voltar a ser “pobre”, ou melhor, deixar de ser gastador. Esta é a mensagem dos tempos modernos e do Brasil de hoje.