Um dos túmulos mais visitados do Cemitério da Consolação, na região central de São Paulo, é de um garotinho que pouco depois de sua morte transformou-se em santo popular: Antoninho da Rocha Marmo.
Antoninho nasceu na casa de seus pais, em 19 de outubro de 1918, no bairro do Bom Retiro. Naquela época, era bastante comum o parto em casa, realizado pelas mãos de hábeis parteiras.
A casa, localizada na Rua dos Bandeirantes 24 (nota: atual 188) era a residência do delegado de polícia Pamphilo Marmo e de Dona Maria Isabel da Rocha Marmo. Era um lar modesto, mas muito bonito, como pode ser observado na foto a seguir, considerada a única imagem externa conhecida do imóvel.
Oriundo de uma família muito religiosa, desde muito pequeno Antoninho da Rocha Marmo gostava dos ritos católicos e tinha bastante apreço em celebrar missas. Sua religiosidade era tamanha que todos apreciavam observar a dedicação do garoto com sua fé. Na fotografia a seguir, ele está celebrando uma missa no quintal de sua casa.
Além da dedicação ao culto católico, comentava-se que o jovem tinha uma tinha o dom de predizer o fatos futuros, e em uma destas ocasiões teria, inclusive, previsto sua morte ainda jovem.
Em meados do ano de 1918, a terrível epidemia de gripe que assolou o país também atingiu Antoninho da Rocha Marmo. Com tuberculose, chegou a ser levado para os limpos ares de Campos do Jordão com a esperança de lá ser melhor tratado pelos médicos e salvo. Entretanto o garoto não resistiria e viria a falecer em 21 de dezembro de 1930, com apenas 12 anos de idade.
Antoninho foi sepultado no Cemitério da Consolação e com o passar dos anos alguns milagres começariam a ser atribuidos a ele, como a fantástica cura de Olivia Bueno de Lima (foto a seguir) que após rezar com muita devoção ao garoto, teria escapado milagrosamente da necessidade de amputar seu braço direito.
Com o relato deste e de muitos outros milagres que surgiram, o túmulo de Antoninho da Rocha Marmo logo se tornou um local de visitação e adoração, onde as pessoas passaram a frequentar para pedir milagres ou agradecer graças alcançadas.
Muitas mães, com filhos recém nascidos ou com problemas na gravidez visitavam (e ainda visitam) o túmulo para pedir ajuda ao defunto garoto. Muitos adultos e idosos que hoje chamam-se “Antoninho” ou “Antonio” foram assim batizados em agradecimento a alguma graça alcançada.
Este foi o caso de Antonio Madela, advogado aposentado de 73 anos, que nasceu prematuro, abaixo do peso e bastante fraco. Segundo Madela, sua vida corria muito risco e sua mãe prometeu que caso ele se salvasse, daria ao bebê o nome de Antônio. Ele se salvou e a promessa foi cumprida, além disso durante muitos anos eles visitaram o túmulo anualmente para agradecer a graça.
Igual Antônio inúmeros outros tiveram as preces atendidas e atribuídas aos dons milagrosos de Antoninho da Rocha Marmo. Até os dias de hoje seu túmulo é constantemente visitado e está sempre repleto de flores e placas descrevendo graças alcançadas (localização: Quadra 80 / Terreno 6).
A Casa de Antoninho de Rocha Marmo hoje:
Da velha residência onde residiu Antoninho e sua família nada mais existe. A casa foi demolida em meados dos anos 80 e em seu lugar foi erguido o edifício residencial da foto a seguir.
A história de Antoninho da Rocha Marmo é bastante polêmica. Muitos acreditam em milagres e muitos não acredita. Não cabe a nós julgarmos as crenças dos outros, mas a verdade é que sendo milagroso ou não a fé no garoto mudou a vida de muita gente.
Você é devoto de Antoninho da Rocha Marmo ? Tem algum amigo ou familiar com alguma graça alcançada por ele ? Deixe seu comentário.