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sábado 30 novembro 2024
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Anjo da guarda

• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista Virtual O Consolador
Há anjos guardiães?
Ensinada pela Igreja Católica Romana, a doutrina dos anjos guardiães não só foi confirmada pelo Espiritismo como recebeu deste um destaque que poucos assuntos mereceram. Assim é que a principal obra da Doutrina Espírita – O Livro dos Espíritos – dedica ao tema mais de quarenta questões relacionadas com a afeição que os Espíritos dispensam às criaturas humanas e a influência que podem eles exercer sobre os encarnados.
Os Espíritos protetores, ensina o Espiritismo, realmente existem e, por bondade de Deus, agem como um pai com relação aos filhos, guiando seu protegido pela senda do bem, auxiliando-o com seus conselhos, consolando-o nas suas aflições e levantando-lhe o ânimo nas provas da vida.
Na resposta anotada por Kardec à pergunta no 495 do mencionado livro, São Luís e Santo Agostinho escreveram uma das páginas mais belas da obra kardequiana, na qual afirmam que o conhecimento do trabalho realizado pelos protetores espirituais pode ajudar-nos muito nos momentos de crise e até mesmo livrar-nos dos maus Espíritos.
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Que tipo de mal que nos acomete mais aflige os anjos da guarda?
Os bons Espíritos se preocupam com nossos males, do mesmo jeito que compartilham nossas alegrias. Procurando fazer-nos todo o bem que lhes seja possível, é natural que se sintam ditosos com nossa felicidade e nossos momentos de alegria.
Sabendo ser transitória a existência corporal e cientes de que as tribulações a ela inerentes constituem meios de alcançarmos uma situação melhor, os bons Espíritos se afligem mais com os males que tenham origem em causas de ordem moral do que com nossos sofrimentos físicos, todos passageiros.
Assim, eles pouco se incomodam com as desgraças que atingem nossas ideias e preocupações mundanas, do mesmo modo como, aliás, agimos com relação às mágoas pueris das crianças. Vendo nas amarguras da vida um meio de nos adiantarmos, eles as consideram como uma crise ocasional de que resultará a salvação do doente. Compadecem-se dos nossos sofrimentos, como nos compadecemos dos sofrimentos de um amigo. Entretanto, enxergando as coisas de um ponto de vista mais justo, apreciam-nos de um modo diverso do nosso.
Em casos assim, os bons Espíritos procuram levantar-nos o ânimo no interesse do nosso futuro, enquanto os Espíritos inferiores, com o objetivo de comprometer-nos, nos impelem ao desespero.
À vista dos ensinamentos espíritas, podemos deduzir assim as seguintes conclusões em torno do assunto examinado:
Os bons Espíritos se afligem quando nós, diante de um mal qualquer, não sabemos suportá-lo com resignação; os inferiores, no entanto, se rejubilam com nossa postura negativa.
Os males morais que mais preocupam os Benfeitores Espirituais são o nosso egoísmo e a dureza dos nossos corações, do que, ensina o Espiritismo, decorre tudo o mais. Nossos adversários desencarnados e os maus Espíritos, porém, adoram tal comportamento.
Os bons Espíritos se riem de todos os males imaginários que nascem do nosso orgulho e da nossa ambição. Os inferiores, contudo, valem-se deles para, se for possível, afundar-nos mais ainda no fosso da amargura.