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sexta-feira 8 novembro 2024
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Amor : o sentido da vida

O ser humano traz na sua essência a necessidade de amar. O amor é um antídoto que nos torna mais feliz, renova nossas forças e nos transforma em pessoa mais bonita e realizada.
Assim, o primeiro verbo a se conjugar é o verbo amar. Sem ele não se vai filosofia nenhuma!
Ele surge de várias maneiras: platônico, paixão, espiritual e atração física.
A história nos mostra os grandes amores com toda a sua trajetória e desfecho, como a obra prima escrita por Shakespeare, “Romeu e Julieta”.
Viajando no tempo, tivemos o encontro de belos casais que despontaram na história pelo sentimento incomensurável e arrebatador, a exemplo de Peri e Ceci, Marília de Dirceu, Pierrot e Colombina, Tristão e Isolda, Lampião e Maria Bonita, e tantos outros.
A literatura, o teatro, o cinema e a televisão têm o amor como elemento principal para elaborar belos romances e registram muitas loucuras cometidas por amor. E uma das frases mais lindas encontra-se no romance de Tristão e Isolda. Quando ele está desfalecendo, ele sussurra:
“Eu não sei se a VIDA é maior que a MORTE, ou se a Morte é maior que a Vida, mas sei que o AMOR é maior que as duas.
FRASE DA SEMANA: “O Amor é o elixir da juventude”

[artigo4]
Coluna Espírita

Espiritismo, Kardecismo e Umbanda
• Marcus De Mario – Instituto Brasileiro de Educação Moral-IBEM/RJ
Muitas pessoas ainda confundem o Espiritismo com crenças e práticas que, na verdade, nada tem com a Doutrina Espírita, e já podemos esclarecer que as denominações corretas são Espiritismo ou Doutrina Espírita, e que seus adeptos são os espíritas ou espiritistas. E como estamos esclarecendo, o Espiritismo é uma doutrina formada por um conjunto de princípios filosóficos, científicos e religiosos (ou de consequências morais), tendo surgido em 18 de abril de 1857 com o lançamento da obra O Livro dos Espíritos, por Allan Kardec (pseudônimo do professor Hippolyte Leon Denizard Rivail). Isso aconteceu na França, mais particularmente na cidade de Paris, em plena metade do século 19, depois de pouco mais de dois anos de intensas investigações e observações dos fenômenos de ordem mediúnica (ou espiritual). O Espiritismo não é obra de um homem, e sim dos Espíritos, que, através de diversos médiuns, ditaram as instruções, os esclarecimentos, os ensinos. Coube a Kardec organizar, selecionar, pensar, perguntar e publicar, motivo pelo qual ele sempre insistiu em dizer que o Espiritismo é doutrina dos espíritos.
Podemos agora fazer outro esclarecimento: não existe o kardecismo e, portanto, também não existem kardecistas. Existe o Espiritismo e os espíritas, e ponto final. A palavra kardecismo nos remete ao entendimento da existência de uma doutrina formulada por Allan Kardec, o que não existe, não é verdadeiro. A doutrina partiu dos espíritos, dos seres humanos que se encontram desencarnados, vivendo no mundo (ou dimensão) espiritual, e possui quatro princípios básicos que sustentam todo o edifício doutrinário:

1 – Deus – como Pai e Criador de tudo o que existe no universo.
2 – Imortalidade da Alma – proclamando a vida depois da morte, que é apenas do corpo físico (orgânico).
3 – Comunicabilidade – a comunicação entre desencarnados e encarnados através da mediunidade.
4 – Evolução – porque todos somos destinados à perfeição.
A partir desses quatro princípios básicos fundamentos desdobram-se outros princípios, como a reencarnação, o livre arbítrio, a lei de causa e efeito, entre outros, que estão muito bem estudados e consolidados nas demais obras de Allan Kardec, a chamada codificação espírita: O Livro dos Médiuns; O Evangelho segundo o Espiritismo; O Céu e o Inferno e A Gênese. Devemos também destacar, pela sua importância, os livros O que é o Espiritismo; Obras Póstumas e a coleção da Revista Espírita, publicação mensal que Kardec dirigiu de 1858 a 1869 (quando desencarnou no final do mês de março).

E com relação à Umbanda? Os umbandistas não são também espíritas? Com todo respeito aos nossos irmãos umbandistas, às suas crenças e práticas, a bem da verdade devemos esclarecer que não, eles não são espíritas. Espírita é aquele que estuda e pratica o Espiritismo, conforme seus princípios publicados nas obras assinadas por Allan Kardec. Então, aquele que se insere na Umbanda é, apenas, umbandista. O que acontece é que muitos templos umbandistas utilizam, de forma indevida, a expressão espírita, causando então certa confusão entre os adeptos das duas doutrinas e, principalmente, entre os leigos.

Mas não existem pontos de contato entre o Espiritismo e a Umbanda? Sim, isso é verdade, mas nem por isso se confundem. São distintas na origem, na doutrina e na prática. O Espiritismo não possui nenhum tipo de ritual. Não utiliza roupas especiais, paramentos, incensos, etc. A Umbanda surge do sincretismo religioso entre as crenças e rituais trazidas pelos negros escravizados da África, com as crenças e rituais do Catolicismo, que à época do Brasil enquanto colônia de Portugal, e depois em sua fase imperial, era a religião oficial do país. Os pontos de contato através da crença na imortalidade da alma e na utilização da mediunidade, não confundem as duas doutrinas, que são muito diversas entre si.

Os espíritas se reúnem no Centro Espírita, que não é nem fraco nem forte, nem de mesa branca ou qualquer outra coisa, mas apenas Centro Espírita, onde desenvolvem atividades em diversas áreas: estudo, mediunidade, evangelização da família, promoção social e tantas outras, visando sempre o progresso intelectual e moral das pessoas e da humanidade.

Convidamos os interessados para a leitura e estudo de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, magistral obra construída na forma de diálogo, para real conhecimento do Espiritismo. E pedindo licença a Kardec, que cunhou a frase “Fora da Caridade não há Salvação”, bandeira do verdadeiro espírita, podemos encerrar estes esclarecimentos afirmando que “Fora de Kardec não há Espiritismo”.