Antônio Agostinho Neto foi médico, escritor e político angolano, principal figura do país no século XX. Foi presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola e em 1975 tornou-se o primeiro Presidente de Angola até 1979. Em 1975-76 foi-lhe atribuído o Prêmio Lenine da Paz.
A poesia de Agostinho Neto transmite o medo imposto nas noites angolanas pela perseguição política ( ele foi exilado várias vezes) e de vez em quando atinge metáforas finas, como no poema “Civilização Ocidental”, cujo título entra em choque com o conteúdo dos versos, trazendo o peso da matéria que parece ir às costas do homem africano.
Alguns versos são curtos, chegando ao limite da sílaba poética única, e outros longos, formalizando o choque que o poeta tenta criar para que seu poema se torne uma máquina eficaz de intervenção política.
Na maior parte das vezes, porém, os procedimentos formais de Agostinho Neto se esgotam na criação do choque. O próprio governo de Agostinho Neto não dirimiu a violência e instigou a luta armada no território angolano, tornando-se a única força política oficial.
Um escritor que interpretava o sentimento nacional como garante de um certo estado de civilização. Sua linguagem se define como instrumento para a tradução literária das angústias e esperanças de toda uma comunidade humana.
O poeta soube compreender e fortalecer o sentimento nacional, respeitando as tradições, religiões , usos e costumes.
Agostinho Neto
abr 26, 2019Bruno FonsecaLiteratura em gotasComentários desativados em Agostinho NetoLike
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