A nova pesquisa “O trabalho e a relação com os pés, tornozelos e joelhos” revelou que a frequência de acidentes de trabalho aumenta significativamente com o tempo em pé. O estudo consultou 2.940 brasileiros entre março e maio deste ano com o objetivo de mensurar prejuízos e perigos de se trabalhar em pé por muitas horas.
Das 52 páginas de estatísticas, talvez a mais alarmante seja a de que o número de funcionários que sofreram acidentes cresceu entre os que passam mais horas em pé. Para as mulheres, a frequência é 8 vezes maior e entre os homens, os acidentes ocorrem 5,5 vezes mais.
Em média, 4,64% dos 2.940 respondentes sofreram um acidente no último ano. “Há uma forte correlação! Quando as pessoas passam mais tempo em pé, o estresse aumenta, a atenção aos detalhes diminui e os acidentes de trabalho acabam sendo mais frequentes” afirma o co-autor da pesquisa Mateus Martinez, graduado na USP e mestre em Fisioterapia pela Universidade de Queensland.
65% DAS PESSOAS NÃO AGUENTAM FICAR MAIS DE 3 HORAS EM PÉ
A taxa salta para 90% com 6 horas ou mais. Para o fundador da Pés Sem Dor, Thomas Case, Ph.D. “o trabalho em pé é desgastante e insalubre. Os dados mostram que a medida que o tempo passa, mais as dores nos pés, tornozelos e joelhos aumentam. Isso é nocivo para o empregador e para o empregado, mas acredito que estamos iniciando um bom processo de conscientização” afirma.
Case e sua equipe desenvolveram palmilhas sob medida que eliminam essas dores, o que reduz o estresse e melhora a produtividade. “As empresas podem evitar muitos prejuízos, reduzindo também acidentes de trabalho e melhorando sua capacidade. Estamos realizando palestras em diversas companhias e sindicatos para esclarecer e levar esta solução” conclui o empresário, entusiasmado.