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sexta-feira 15 novembro 2024
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A vitamina D no cenário do Coronavírus: o que é importante saber?

Sem estudos científicos comprovados que a vitamina D pode prevenir a COVID-19, o excesso pode trazer sintomas indesejáveis além de prejudicar os rins.
Após um estudo publicado pela Universidade de Turim, na Itália, nas últimas semanas muito se tem discutido sobre o uso da vitamina D para o tratamento de pacientes com a COVID-19, o Coronavírus. No artigo, “foi observado que os pacientes infectados apresentavam níveis mais baixos de vitamina D, mas pode ser apenas uma coincidência, visto que a hipovitaminose é muito frequente nos meses de inverno e, também, em idosos, que foram os mais acometidos na Itália”, afirma Carolina Aguiar Moreira, médica endocrinologista do Laboratório PRO da Fundação Pró-Renal, que também complementa que não há um estudo científico que comprove que a vitamina pode conter a infecção pelo Coronavírus.
De acordo com a médica, a vitamina D tem um papel importante para vários tecidos no organismo, principalmente para os ossos. E que uma ação no sistema imunológico também já foi demonstrada. Entretanto, isto não justifica usar altas doses de vitamina D sem orientação médica. Ela ainda faz um alerta que o excesso da vitamina D no corpo pode aumentar o cálcio no sangue e predispor a formação de cálculos renais, podendo também ocasionar uma insuficiência renal aguda.

Outros sintomas também são desidratação, fadiga e confusão mental. “Os efeitos colaterais por excesso de vitamina D também pode ocorrer quando doses muito altas são usadas, como tem sido divulgado nas redes sociais”.

Quando utilizar a suplementação de vitamina D?

É importante ressaltar que com o isolamento e a falta de exposição solar, é possível que os níveis de vitamina D no sangue (através da dosagem da 25 OH Vitamina D) fiquem reduzidos, já que a disponibilidade de vitamina D em alimentos do dia a dia é muito pequena. Sendo assim, é recomendado fazer a suplementação de vitamina D para prevenir os efeitos deletérios da sua deficiência, principalmente nos ossos, e, claro, também no sistema imunológico,, principalmente, neste período de maior susceptibilidade a infecções virais. “Na impossibilidade de realizar a dosagem da vitamina D para saber o nível, reposição das necessidades mínimas diárias de 1000-2000 UI ao dia podem ser realizadas com segurança”, afirma a médica da Pró-Renal, que também reforça a importância de sempre consultar um médico sobre a necessidade de suplementação ou sobre o aparecimento de sintomas de alguma possível doença. “Ele é a melhor pessoa para entender sobre as suas necessidades e para avaliar os exames laboratoriais e/ou médicos”.