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sábado 16 novembro 2024
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A verdadeira sabedoria

“É fácil ser jovem e agir bem, e manter-se distante de toda a mesquinhez. Mas sorrir, quando já desacelera o bater do coração, isso tem de ser uma aprendizagem”.
Gostaria de partir da metáfora, outono-velhice, para uma reflexão que nos é sugerido pelo escritor Hermann Hesse (1877-1962).
Trata-se de poucas palavras que nos oferecem um contraste,mais do que entre duas idades – juventude e senilidade -, entre dois estados interiores.
Há, com efeito, quem esteja sempre ávido de realizações e conquistas: fresco e operacional, pleno de estímulos e abraçado a mil compromissos.
Este tem, todavia, um defeito oculto, de que muitas vezes não está consciente. Quando embate no primeiro obstáculo grave, quando o seu físico deixa de reagir de modo imediato nos seus comandos, quando se insinua a depressão na alma, também num estado de abandono e desencorajamento radical.
Outro é o perfil, da verdadeira maturidade, que não coincide necessariamente com o estatuto etário. O pulsar do coração torna-se mais difícil, o entusiasmo não se radica facilmente no espírito, as asperezas do caminho são freqüentes. No entanto, sabe viver com serenidade, aprendendo com paciência o ritmo da vida.
É está a verdadeira sabedoria, que não nasce da idade,mas da formação interior, de uma autêntica educação do coração e da mente.