• Giovana Gianelli
Algo absurdamente ridículo e até mesmo intrigante vem ocorrendo no meio espírita, uma separação entre classes. Por mais absurda ou incrível que pareça essa afirmativa, lamento informar que é isso mesmo, caros leitores. Como os vários segmentos que encontramos no meio evangélico, o meio espírita também se divide. Algo que não deveria ocorrer, ainda mais por razões pueris, porém essa segregação cresce exponencialmente.
Por bastante tempo, nos acostumamos com os termos: “Espíritas Kardecistas”, ou “Espíritas Espiritualistas”. Até então, fácil de digerir e de identificar qual era qual nessa hipérbole! Entretanto, nesses últimos tempos, verificamos que há Espíritas impedindo Espíritas de participarem de um Centro Espírita, por questões despropositais, como por exemplo, há uma classe de espíritas que optou por aprofundar estudos e aplicar técnicas baseadas na Apometria, ou uma aplicação mais intensificada de passes, conhecida por Passe Magnético, entre outros caminhos, como o Reiki, que não é bem recebido por alguns espíritas.
A questão é a seguinte: serei menos espírita por decidir explorar novos horizontes e aprimorar técnicas buscando outros campos de estudo, com o propósito de trazer inovações aquisitivas para a seara espírita?! Reflitam sobre isso que acabei de indagar, peço humildemente que parem um pouco, sem julgar ou desdenhar, e reflitam! O objetivo essencial do Espiritismo é o melhoramento dos seres humanos, não é?! O progresso, a evolução moral e intelectual, como afirma nas máximas extraídas do Ensinamento dos Espíritos. Então, por que essa disputa por quem é o melhor dirigente, qual mediunidade é mais valiosa, qual Centro presta mais Caridade, ou mais recentemente, a seleção de quais espíritas estão dentro dos parâmetros estabelecidos, para poderem participar das reuniões e atividades de um Centro Espírita.
Conclui-se que não há argumento plausível para essa deterioração do Amálgama Espírita, a força de uma nação está na união do povo e nos valores éticos e morais de seus governantes, logo, a força de uma religião, doutrina, filosofia, ou como preferir chamar, está na compreensão de seus conceitos e concepções, na convicção da fé e boa conduta de seus seguidores, e principalmente, na liberdade de expressar opiniões e seguir os caminhos que melhor aprouver a cada um. Não é por que a pessoa nasce e cresce em um meio católico que precisa seguir o Catolicismo para o resto da vida, assim como um Espírita Kardecista que sempre seguiu essa vertente, não está proibido de conhecer, por exemplo, a Umbanda, se isso lhe é interessante. Sejam sensatos, sejam compassivos, compreensivos. Sejam visionários, eis os atributos positivos que um bom espírita deve ter.
O Espiritismo deveria ser uma crença revolucionária e unificadora, como avisaram os Espíritos, porém alguns seguidores espíritas a estão tornando arbitrária e separatista. Desse modo, o que deveria evoluir, ficará estagnado e irá prejudicar ambos os lados da vida.
A Segregação Espírita
abr 09, 2018Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em A Segregação EspíritaLike